ATA DA OCTOGÉSIMA SEXTA SESSÃO ORDINÁRIA DA TERCEIRA
SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUINTA LEGISLATURA, EM 22-9-2011.
Aos vinte e dois dias do mês de setembro do ano de
dois mil e onze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho,
a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi
realizada a segunda chamada, respondida pelos vereadores Adeli Sell, Aldacir
José Oliboni, Bernardino Vendruscolo, DJ Cassiá, Elias Vidal, Elói Guimarães,
Fernanda Melchionna, João Carlos Nedel, Luciano Marcantônio, Nelcir Tessaro,
Paulinho Rubem Berta e Toni Proença. Constatada a existência de quórum, o
senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão,
compareceram os vereadores Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Carlos Todeschini,
Dr. Raul Torelly, Dr. Thiago Duarte, Engenheiro Comassetto, Haroldo de Souza,
Idenir Cecchim, Luiz Braz, Maria Celeste, Mario Fraga, Mario Manfro, Mauro
Pinheiro, Mauro Zacher, Nilo Santos, Pedro Ruas, Professor Garcia, Reginaldo Pujol,
Sebastião Melo, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra e Waldir Canal. Do
EXPEDIENTE, constaram Ofícios do Fundo Nacional de Saúde do Ministério da
Saúde, emitidos no dia treze de setembro do corrente. Durante a Sessão, deixaram
de ser votadas as Atas da Septuagésima Sétima, Septuagésima Oitava,
Septuagésima Nona e Octogésima Sessões Ordinárias e da Décima Quarta e Décima
Quinta Sessões Extraordinárias. A seguir, o senhor Presidente concedeu a
palavra, em TRIBUNA POPULAR, à senhora Jacqueline Sanchotene, Coordenadora do Movimento
Viva Gasômetro, que discorreu sobre a implementação do Parque do Gasômetro. Em continuidade, nos termos
do artigo 206 do Regimento, os vereadores Adeli Sell, Toni Proença, Fernanda
Melchionna e Elói Guimarães manifestaram-se acerca do assunto tratado durante a
Tribuna Popular. Também, o senhor Presidente concedeu a palavra, para
considerações finais sobre o tema em debate, à senhora Jacqueline Sanchotene.
Após, foi apregoado Requerimento de autoria do vereador João Antonio Dib, solicitando
Licença para Tratamento de Saúde no dia de hoje. Em COMUNICAÇÕES,
pronunciaram-se os vereadores Aldacir José Oliboni, em tempo cedido pelo
vereador Carlos Todeschini, DJ Cassiá, Dr. Thiago Duarte, Dr. Raul Torelly,
Elói Guimarães, Toni Proença, este em tempo cedido pelo vereador Elias Vidal, e
Nelcir Tessaro. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se os vereadores Mauro
Pinheiro, João Carlos Nedel, Aldacir José Oliboni, este pela oposição, Paulinho
Rubem Berta, Alceu Brasinha, Luiz Braz, Elói Guimarães, este pelo Governo, e Idenir Cecchim. Em
GRANDE EXPEDIENTE, pronunciaram-se os vereadores Sebastião Melo, em tempo
cedido pelo vereador Haroldo de Souza, e Idenir Cecchim. Em TEMPO DE
PRESIDENTE, pronunciou-se a vereadora Sofia Cavedon. A seguir, foram apregoados
os Memorandos nos 024 e 029/11, de autoria, respectivamente, dos
vereadores Idenir Cecchim e Nelcir Tessaro, deferidos pela senhora Presidenta,
solicitando autorização para representar externamente este Legislativo, do dia
vinte e sete de setembro ao dia cinco de outubro do corrente, em visita para
conhecimento e análise do Sistema de Saúde Cubano, em Cuba, e na United Nations
Climate Change Conference, no Panamá. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª
Sessão, o Projeto de Lei do Legislativo nº 143/11, o Projeto de Lei do
Executivo nº 033/11, os Projetos de Resolução nos 027 e 028/11; em
2ª Sessão, os Projetos de Lei Complementar do Legislativo nos 005 e
015/11, o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 003/11, os Projetos de
Lei do Legislativo nos 136, 137, 147, 094/11, este discutido pelo
vereador Dr. Raul Torelly, e 115/11, este discutido pelo vereador Mauro
Pinheiro, os Projetos de Resolução nos 021 e 025/11. Durante a Sessão,
foi registrada a presença, neste Plenário, do senhor Osvaldo de Oliveira. Às
dezessete horas e quatro minutos, o senhor Presidente declarou encerrados os
trabalhos, convocando os senhores vereadores para Sessão Ordinária da próxima
segunda-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pela vereadora
Sofia Cavedon e pelos vereadores DJ Cassiá e Toni Proença e secretariados pelo
vereador Toni Proença. Do que foi lavrada a presente Ata, que, após distribuída
e aprovada, será assinada pelo senhor 1º Secretário e pela senhora Presidenta.
O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): Havendo
quórum, passamos à
A Srª Jacqueline Sanchotene, representando o
Movimento Viva Gasômetro, está com a palavra, pelo tempo regimental de 10
minutos, para tratar de assunto relativo à implementação do Parque do Gasômetro.
A SRA. JACQUELINE SANCHOTENE: Boa-tarde a
todos. Em agosto de 2007, na gestão da então Verª Maria Celeste, o Movimento
Viva Gasômetro ocupou este espaço pela primeira vez. Hoje, com essa
apresentação, somamos oito vezes na Tribuna Popular. Durante esse tempo, muita
coisa mudou. Conseguimos progredir em nossas lutas, e é a efetivação delas que
nos traz aqui mais uma vez. Nossa principal luta é a efetiva criação do Parque
do Gasômetro, que está abrigada no art. 154, inc. XXI, do Plano Diretor. A emenda
foi apresentada através do Ver. Comassetto e aprovada por unanimidade na
votação da revisão do Plano Diretor de Porto Alegre. Este reza de 18 meses,
contados da data da vigência do novo Plano Diretor - que foi em outubro de 2010
-, para criar a lei complementar que instituirá a criação do Corredor Parque do
Gasômetro. Cada vez mais, fica evidente a necessidade da criação do Parque do
Gasômetro. O cinturão verde que permeia a orla diminui a cada dia e a tendência
é que continue. Alguns dos motivos para isso são a duplicação da Av. Edvaldo
Pereira Paiva, que corta o Parque Marinha e diminui significativamente a sua
área verde; a probabilidade de o Parque Maurício Sirotsky Sobrinho, conhecido
por nós como Parque da Harmonia, ser transformado em um parque temático gaúcho;
e também a nova obra da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre, o teatro aqui ao
lado. Soma-se a isso a construção do prédio previsto ao lado da Usina do
Gasômetro no Projeto Cais Mauá. Como é de conhecimento público, não agrada na
sua totalidade ao Movimento Viva
Gasômetro, mas é fruto de uma construção democrática, e por isso temos de
respeitá-la. Mas continuaremos atentos a este projeto, sugerindo ações que
deverão ser pagas pelos empreendedores do projeto a título de compensação para
nossa Cidade.
Outra conquista
importante do nosso movimento é a criação do Largo Cultural do Gasômetro, que
está abrigada no Plano Diretor, no art. 154, inc. XIII. Este reza que esta Casa
terá 12 meses a partir da implantação do novo Plano Diretor, para criar a Lei
Complementar, o que significa até o próximo mês de outubro. Neste pleito, além
do aumento das calçadas da Rua General Salustiano, gostaríamos que fosse
previsto o enterramento de cabos e fios de eletricidade e de telefonia e o
restauro de algumas das fachadas das casas antigas. Acreditamos que a criação
do Largo do Gasômetro contribuirá para auxiliar no resgate histórico do local
onde nasceu nossa Cidade. Para que efetivemos a criação do Parque e do Largo do
Gasômetro é imprescindível a parceria dos Vereadores desta Casa. Também
precisamos do apoio de vocês, Vereadores, para concretizar o pedido de
tombamento da Usina de Gás Carbonado, a verdadeira Usina do Gasômetro,
localizada frente a esta Casa. A denominação Gasômetro foi criada em 1874,
quando a população se reunia para ver o pôr do sol no entorno da Usina de Gás
Carbonado. O pedido de tombamento foi feito pelo Viva Gasômetro no dia 5 de
março de 2010 ao Conselho do Patrimônio Histórico e continua em análise na
equipe do Patrimônio Histórico e Cultural. Após primeiras sinalizações
positivas, não temos conseguido mais notícias sobre a confirmação ou não desta
possibilidade. Este tombamento se faz urgente por dois motivos: pela
preservação desse marco histórico e pela poeira tóxica emitida pela fábrica do
DEP que hoje está sediada neste prédio histórico e prejudica o entorno, entre
eles, e, principalmente, os alunos e funcionários da Escola EPA - Escola Porto
Alegre -, que evitam usar o ginásio esportivo construído recentemente para não
serem prejudicados pela poeira. Acreditamos que após o tombamento e posterior
restauro, a Usina de Gás Carbonado possa ainda sediar os grupos de teatro que
hoje ensaiam no Hospital Psiquiátrico São Pedro.
Queremos também
alertar, mais uma vez, aos 36 Vereadores desta Casa sobre o casarão invadido
nas esquinas da Rua Riachuelo com a Rua General Salustiano. O atual invasor
derrete fios elétricos para obter o cobre sem qualquer preocupação com
segurança, colocando a vida dos moradores desse quarteirão em risco. Sabemos
que o imóvel em questão encontra-se com o IPTU atrasado há muitos anos. Por
esses motivos, sugerimos ao Executivo Municipal que se aproprie desse imóvel e
que ele possa ser um Memorial do OP ou do Fórum Social Mundial ou até uma casa
de uso social.
Ficamos felizes ao
saber que o Projeto do Bonde Histórico, da Secretaria Municipal de
Planejamento, está em fase adiantada. Queremos demonstrar mais uma vez o apreço
que temos por esse Projeto. Acreditamos que ele será uma grande contribuição
para o resgate histórico da Cidade. Vale lembrar que boa parte do trajeto
previsto passa pelo local onde nasceu a nossa Cidade, denominado pelos técnicos
da SPM como “umbigo da cidade”.
Encerrando a nossa
fala, gostaríamos de deixar um alerta sobre o Projeto, aprovado em Comissão na
Câmara dos Deputados, que prevê Planos Diretores Metropolitanos. Queremos aqui
sugerir aos Vereadores atenção especial ao Projeto TECNA, que será uma
referência para a indústria audiovisual brasileira. Suas instalações serão no
antigo Seminário Maior, em Viamão. O TECNA é uma parceria da Fundação Cinema RS
(Fundacine RS), do Parque Tecnológico da PUCRS e do Governo do Rio Grande do
Sul. Poderá sediar as filmagens, em seus futuros estúdios, de comerciais a
filmes de longa-metragem, o que irá atrair produções de outros Estados e até do
Exterior. A chamada indústria criativa tem alto grau de empregabilidade, traz
entretenimento e felicidade às pessoas.
Para finalizar,
citamos novamente o Dalai Lama: “Pouco importa o julgamento dos outros. Os
seres são tão contraditórios, que é impossível atender às suas demandas,
satisfazê-los. Tenha em mente simplesmente ser autêntico e verdadeiro...”
Abraços a todos. Muito obrigada.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): Convidamos
para compor a Mesa a Srª Jacqueline Sanchotene, Coordenadora do Movimento Viva
Gasômetro.
O Ver. Adeli Sell
está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. ADELI SELL: Obrigado, Sr.
Presidente, Ver. DJ Cassiá; saudação especial à Jacqueline Sanchotene, e ao cumprimentá-la,
cumprimento todos os participantes do Viva Gasômetro. Para nós é extremamente
importante, Jacqueline, que se recoloque a questão do Parque, porque nós aqui
aprovamos, nós queremos e vamos ter o Parque do Gasômetro. Nós queremos a
Cidade cada vez com mais vida, mais verde, mais flores e mais encantamento; nós
queremos estar não de costas para o Guaíba, mas de frente para ele e com um
alto grau de sustentabilidade em toda a cidade de Porto Alegre. Ontem, aqui,
tivemos um grande debate sobre os chamados “túneis verdes”; infelizmente o
Projeto estava mal-encaminhado, mas agora volta às Comissões, e, acredito,
todos os 36 Vereadores têm compromisso com o verde da Cidade. Hoje, que é o Dia
da Minha Cidade sem meu Carro, Lei Municipal de minha autoria, fico feliz que
vocês estejam utilizando a Tribuna Popular para falar do ambiente de Porto
Alegre, da cidade de Porto Alegre, onde precisamos ter muita sustentabilidade.
Hoje pela manhã representei a Câmara num evento sobre a poluição do ar, sobre o
clima, no Plaza São Rafael. Em nome da Bancada do Partido dos Trabalhadores,
louvamos a iniciativa. É preciso que a sociedade civil porto-alegrense cobre,
efetivamente, desta Casa, todas as suas demandas, muito justas. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. Toni Proença está com a palavra, nos termos
do art. 206 do Regimento.
O SR. TONI
PROENÇA: Presidente dos trabalhos, Ver. DJ Cassiá, Vice-Presidente desta Casa,
quero saudá-lo e cumprimentá-lo; querida Jacqueline, presidente do Movimento
Viva Gasômetro; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, senhoras e
senhores, principalmente aqueles que acompanham a Jacqueline; nossa querida
Lícia Peres, que hoje nos dá a honra de sua visita.
Jacqueline, eu quero te dizer, sinceramente, que é
assim mesmo: a gente tem que lutar; com a luta vem a conquista; quando a gente
acha que está pronto, tem que lutar de novo e reconquistar, e lutar de novo
para manter, e lutar de novo para que as coisas aconteçam. Infelizmente, nós
ainda temos a cultura de que, aprovada a lei, aprovados os projetos. Eles
demoram muito para serem executados. Mas acho que a principal luta foi feita,
pois está firmado o compromisso da Cidade com a construção do Parque do
Gasômetro. Isso aí é fundamental! Ele vai sair, demora um pouco, mas vai sair.
Eu acho que o evento da Copa, que vai acelerar muitas obras na Cidade, talvez
venha a beneficiar esse belo projeto, do qual tu és uma grande lutadora e uma
líder. Graças a Deus, volta e meia vens aqui para nos cobrar e nos atualizar
sobre o estado da arte do Parque do Gasômetro, que, infelizmente está só no
papel, mas já tem a indicação de que ele vai sair. Parabéns pela tua luta!
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): A Verª Fernanda Melchionna está com a palavra, nos
termos do art. 206 do Regimento.
A SRA.
FERNANDA MELCHIONNA: Obrigada, Ver. DJ Cassiá, na presidência dos
trabalhos; queria trazer a nossa saudação, Jacqueline, o nosso apoio, em meu
nome e em nome do Ver. Pedro Ruas. Tu sabes do nosso apoio a essa luta desde o
tempo da luta contra a privatização da Orla, que foi uma das grandes lutas que
a cidade de Porto Alegre presenciou, com a articulação dos movimentos sociais
em defesa da nossa Orla, articulação social e política, que culminou numa
vitória para a nossa Cidade. Nas longas discussões no Plano Diretor, onde o
Movimento Viva Gasômetro foi fundamental para trazer algumas conquistas, entre
elas o art. 154, inc. XXI, que determina a constituição do Parque.
Então, eu queria te saudar, saudando todos do
Movimento Viva Gasômetro, a Lícia Peres, que muito nos honra com a sua presença
na Câmara Municipal, e dizer do nosso desafio de transformar a lei em
realidade. Nós sabemos que é um avanço ter conquistado no Plano Diretor, mas,
para que saia do papel e, de fato, transforme a nossa orla do Guaíba num espaço
de preservação, de lazer, de cultura, reservado, guardado nos registros, na
memória e na preservação da nossa Cidade, vai ser fundamental essa pressão dos
movimentos sociais sobre a Câmara, e a pressão da Câmara sobre o Executivo,
porque, desde a votação do Plano Diretor, não veio nenhum projeto concreto para
transformar isso em realidade.
Nós estamos - digo pelo PSOL - preocupados com as
grandes obras que estão sendo feitas na nossa Cidade em que, via de regra,
sobre as quais não foi cobrada contrapartida, e em muitas áreas de preservação,
áreas que deveriam estar articuladas entre o desenvolvimento da Cidade e a
preservação natural, lamentavelmente, têm sido licenciadas.
Eu queria deixar esse registro, assim como a
colocação da necessidade desse amplo movimento em também lutar pela manutenção
do Código Florestal Brasileiro, que está sendo atacado. Ontem, no Senado, foi
votado, na Comissão de Constituição e Justiça, um texto pior ainda do que
aquele que saiu da Câmara de Deputados. Não só Porto Alegre, mas todo o Brasil
e o mundo, certamente, correm sérios riscos, se não houver um amplo movimento
de luta em defesa da natureza. Parabéns para ti, uma lutadora incansável, e
conta com a Bancada do PSOL.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. Elói Guimarães está com a palavra, nos
termos do artigo 206 do Regimento.
O SR. ELÓI
GUIMARÃES: Ver. DJ Cassiá, presidindo os trabalhos; Srª Jacqueline Sanchotene,
Coordenadora do Viva Gasômetro; quero também saudar a nossa Socióloga Lícia
Peres e suas companheiras. A presença da Lícia aqui relembra a figura do nosso
grande amigo, o Glênio Peres, que já lutava, naquela época, pelos interesses do
resgate histórico e paisagístico da cidade de Porto Alegre. Então, eu quero
trazer, na minha saudação, a figura do grande Glênio Peres, que deixou marcas
indeléveis para todos nós, principalmente para mim, que tive a oportunidade e a
honra de ser seu companheiro de Partido, seu companheiro de Câmara Municipal.
Nós queremos saudá-la, Srª Jacqueline, pois é
preciso ter vozes mobilizadas na defesa disso que se chama o habitat, o nosso habitat, que é a Cidade. Não há espaço mais importante para as
pessoas do que a cidade. Já dizia Rui Barbosa sobre a cidade, sobre o que ela
representa: a cidade onde nascemos, a cidade onde produzimos, a cidade onde
vivemos; a cidade nos pertence e é a cidade que, um dia, vai recolher os nossos
despojos. Então, quando vozes mobilizadas, como as do Movimento Viva Gasômetro,
se fazem presentes é extremamente importante. Agora, surpreende-me a sua
colocação: a Usina não está tombada? Eu não sei se entendi mal, talvez tenha
entendido mal.
A SRA.
JACQUELINE SANCHOTENE: A usina que está tombada era movida a carvão, não
era movida a gás. A verdadeira Usina do Gasômetro se encontra frente a esta
Casa, é onde tem a fábrica do DEP, era uma usina movida a gás, que alimentava a
iluminação pública e os fogões em 1874. O nome Gasômetro para o local veio
porque as pessoas diziam: “Vamos nos encontrar para ver o pôr do sol no entorno
do Gasômetro”. É essa aqui da frente desta Casa, ela não está tombada.
O SR. ELÓI
GUIMARÃES: De qualquer forma, são patrimônios que registram a história, é
exatamente nesse sítio que nasce a Cidade. Portanto, meus cumprimentos, acho
que já está programado, do ponto de vista da lei, o Parque do Gasômetro, e
evidentemente que a Casa estará acompanhando a luta que o Viva Gasômetro está
fazendo. Então, viva o Gasômetro!
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): A Srª Jacqueline Sanchotene, da entidade Viva
Gasômetro, que nos dá a honra toda vez que vem a esta Casa, está com a palavra.
A SRA.
JACQUELINE SANCHOTENE: Quero fazer um agradecimento muito especial para
todos os representantes do Viva Gasômetro que vieram aqui hoje. Um
agradecimento especial para a Lícia, para a minha filha, para a minha mãe, para
o Osvaldo, que estão aqui, e para a Nilza Lessa. Obrigada a todos, porque o
mérito é deles. Nós somos poucos, mas aguerridos ali no Gasômetro. (Palmas.)
Queria pedir para a presidência da Casa, para a
Mesa, na pessoa do DJ, um PC temático para o Parque do Gasômetro. Eu soube que
existe também esse instrumento aqui na Casa, em que, durante uma hora, podemos
trazer técnicos e pessoas interessadas no tema do meio ambiente, para debater a
criação do Parque, e fazer com que ele seja criado no mais breve espaço de
tempo.
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): Feito o pedido, peço que a nossa assessoria faça o
registro para encaminharmos à Mesa. Mais uma vez, Srª Jacqueline, quero dar os
parabéns à senhora em nome desta Casa, aliás, em nome da sociedade, porque
tenho visto a sua luta desde que estou aqui, há quase três anos, e a senhora
tem sido incansável. Em seu nome, eu também cumprimento suas companheiras, companheiros,
as pessoas que estão engajadas nessa luta junto com a senhora. Quero também
mandar um abraço especial a Lícia. Da mesma forma do Ver. Elói, tive a honra de
ser companheiro de Partido dela, por muitos e muitos anos, e também do nosso
inesquecível Glênio. Eu era ainda muito jovem, quando estava na companhia do
nosso grande amigo, meu Professor, posso dizer, Carlos Araújo; então, tivemos
uma história juntos. Lícia, seja bem-vinda a esta Casa! Jacqueline, parabéns
pelo seu trabalho, conte com esta Casa. E, com certeza, os seus frutos vão ser
colhidos não pela senhora, mas pelo futuro desta Cidade. Uma salva de palmas
para a nossa convidada, muito obrigado pela sua presença. (Palmas.) (Pausa.)
O Ver. João Antonio
Dib solicita Licença para Tratamento de Saúde no dia de hoje, 22 de novembro.
Passamos às
O Ver. Aldacir José Oliboni está com a palavra em
Comunicações, por cedência de tempo do Ver. Carlos Todeschini.
O SR. ALDACIR
JOSÉ OLIBONI: Nobre Presidente, Ver. DJ Cassiá; colegas Vereadores, Vereadoras,
público que acompanha a Sessão no dia de hoje; quero utilizar este tempo,
cedido pelo meu colega Carlos Todeschini, para falar sobre um assunto de
extrema importância, acredito eu, aprovado no Congresso Nacional nesta semana.
Houve um movimento nacional, inclusive com muito debate aqui no Estado, pela
aprovação da Emenda nº 29, Ver. Bernardino, que destinará recursos para a área
da Saúde nas três esferas de Governo. Isto é, obriga os Municípios a
investirem, no mínimo, 15%; o Estado, 12%, e a União, dez por cento, na Saúde.
Se tivermos isso garantido, aprovado no Senado, irá acontecer em todo o País, e
eu acredito que essa é uma atitude de vontade política, de fazer com que as
coisas aconteçam e que os Municípios, depois de ser aprovada a emenda, possam
ser fiscalizados e penalizados se não cumprirem a lei, porque
existem muitas leis que não são cumpridas. Agora, esta, em sendo sancionada,
será de extrema importância para a população brasileira; vai reproduzir
resultados no Município, em cada Estado, como também em todo o País, na
liberação de recursos via Ministério da Saúde.
Para muitos
Municípios é muito fácil dizer que estão promovendo a Saúde. Simplesmente
compram uma ambulância ou um ônibus, e levam as pessoas para os grandes
centros, para as grandes metrópoles - como é o caso de Porto Alegre, que hoje é
um centro de referência em tratamento na área da Saúde -, que acabam sendo, na
verdade, as acolhedoras de toda a problemática do Estado do Rio Grande do Sul,
inclusive investindo muito mais do que é estabelecido por lei, que é 15%. Hoje,
Porto Alegre investe em torno de 18% da Peça Orçamentária, dito aqui pelo
próprio Prefeito Municipal.
Então, é preciso,
sim, ter um certo regramento dos recursos das Peças Orçamentárias dos
Municípios, dos Estados e na União. E, no Estado, não foi diferente. Há muitos
anos se aplicava 6%, 8%; agora, o Governador, em função da alteração da Peça
Orçamentária, segundo informações, chegará até 9%. É pouco ainda, é muito
pouco, mas para o próximo ano, com a lei sancionada, nós queremos os 12%.
Esse tem que ser um
movimento de todos os brasileiros, porque os recursos, Ver. Pedro Ruas, através
da PEC nº 29, têm que ser drenados para a área da Saúde. Aí, sim, nós vamos
perceber que nos Municípios onde, na verdade, não há um hospital público ou o
serviço público, há hospitais filantrópicos, que podem ser conveniados ao Poder
Público, porque essas entidades são obrigadas a disponibilizar 64% dos seus
serviços para manter o conveniamento com o SUS. Para ser uma entidade
filantrópica, tem que ter, no mínimo, 64% dos seus serviços atendidos pelo SUS.
Aí vem o interesse do Município em conveniar serviços pela Tabela da AMB, pela
tabela do SUS. Então, às vezes nós percebemos que muitos gestores da área da
Saúde criticam a gestão do Município, porque, em alguns hospitais que têm esse
conveniamento, dizem que não foi regulamentado o serviço. É que o Município,
embora não tendo o serviço público, não faz essa regulamentação com o prestador
que está oferecendo consultas de ambulatório, ecografia, tomografia,
internação, para o atendimento pelo SUS. Então, é muito importante, sim.
E que agora os Municípios, os Estados e a União
poderão ter a responsabilidade, e esperamos que o Senado seja sensível, também,
como foi o Congresso Nacional, para tocar adiante, aprovar a PEC nº 29 e poder
possibilitar que, até o final do próximo ano, seja lei, e que o Tribunal de
Contas seja rápido, vivo, atuante, vigilante, para que as gestões municipais,
os Municípios do Interior tenham que aplicar, sim, no mínimo, os seus 15% da
Peça Orçamentária.
Nós percebemos, eu repito, que Porto Alegre já
investe um pouco mais, porque é um centro de referência, mas é preciso que
todos assumam essa responsabilidade, porque o resultado será para o cidadão que
está aguardando há tempo na fila, e que, agora, poderá ser atendido. Muito
obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
(O Ver. Toni Proença assume a presidência dos
trabalhos.)
O SR.
PRESIDENTE (Toni Proença): Registro a presença do Sr. Osvaldo de Oliveira, nosso
grande amigo, sindicalista, militante da Cidade e das boas causas. Seja muito
bem-vindo a esta Casa.
O Ver. DJ Cassiá está com a palavra em
Comunicações.
O SR. DJ
CASSIÁ: Sr. Presidente; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, senhores
que nos acompanham nas galerias e que nos assistem em casa pela TVCâmara, em
primeiro lugar, Ver. Aldacir Oliboni, eu quero fazer o registro de que, há
alguns dias, eu protocolei nesta Casa um Projeto de Lei em relação à
meia-entrada, na nossa Capital, para os grandes espetáculos.
Na verdade, Ver. Oliboni, o Projeto que há hoje é
um Projeto bom. Mas não contempla toda a conjuntura da sociedade. Por que não?
Veja bem, no meu entender - e não só deste Vereador, mas de centenas de jovens,
dos quais eu recebo e-mails, com quem
converso -, a meia-entrada não existe em Porto Alegre. Por exemplo, nós vamos
ter um show agora aqui,
internacional, do Justin Bieber - até aprendi a falar seu nome -, e vejam bem:
não há estrutura nem condições, Ver. Oliboni, de ocorrer mais de um show do Justin em Porto Alegre. Se
houver um show da Ivete Sangalo aqui
- estou citando outro exemplo -, não haverá mais do que um show em Porto Alegre, porque a nossa Cidade não comporta. E por aí
adiante. Então, aquele jovem que não tem condições de ir a um show desses, nunca irá por não ter
condições de pagar o valor do ingresso, porque a meia-entrada não existirá
nunca!
Então, eu protocolei um Projeto de Lei, Ver. Nilo
Santos, meu Líder, para que essas pessoas possam ter a oportunidade de ir a
esses grandes espetáculos. O meu Projeto propõe o desconto de 20% quando o
ingresso for acima de 100 reais.
O Sr. Aldacir
José Oliboni: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Agradeço pelo aparte
e o parabenizo, Ver. DJ Cassiá, relembrando que o movimento que nós estamos
fazendo junto ao Secretário da Cultura está avançado. Há um Projeto de Lei
tramitando nesta Casa, de minha autoria, que amplia a meia-entrada para os
finais de semana: há um grande esforço e a sua parceria. V. Exª, nesse acordo e
nesse encontro que nós tivemos, apresentou essa novidade em relação aos grandes
espetáculos, que, de fato, não ocorrem nem durante a semana, nem aos fins de
semana. E há um clamor da sociedade por essa possibilidade.
Enfim, eu falei com o Sergius hoje; ele conversará com
o Prefeito, hoje à tarde, para continuarmos a nossa conversa. É uma alternativa
interessante. Nos próximos dias, eu espero que esse acordo saia, para nós
aprovarmos aqui a meia-entrada nos finais de semana. Realmente, são dois
movimentos importantes: o seu, que é feito em relação aos grandes espetáculos,
e o deste Vereador, em relação à meia-entrada, nos finais de semana, nos
cinemas da Cidade. Então, realmente o parabenizo por ter protocolado o Projeto,
pode contar com o apoio deste Vereador.
O SR. DJ
CASSIÁ: Muito obrigado, Ver. Oliboni, V. Exª é um grande guerreiro nessa luta,
que já vem há muito tempo.
E também quero dizer que eu protocolei um Projeto
de Lei aqui nesta Casa, já há algum tempo, há um mês,
referente à questão dos shoppings e
dos grandes estabelecimentos comerciais. Veja bem, você vai a um shopping e tem 15 minutos de tolerância
no estacionamento; mas tem 13 minutos para achar uma vaga - acabaram os 15
minutos! Você consome no shopping,
você paga a mercadoria, e ainda paga o estacionamento.
No meu entender e no
da sociedade - estou aqui em defesa do consumidor -, este meu Projeto é em
defesa do consumidor. Eu não consigo entender como o Shopping Bourbon e o
Zaffari não cobram estacionamento e os outros estabelecimentos cobram. É difícil
de entender? Claro que não! Há alguma coisa errada! O meu Projeto coloca um
mínimo de duas horas de tolerância; consumiu, comprovadamente, não paga o
estacionamento, porque, no momento em que consumiu, já está pagando o
estacionamento. E se der qualquer tipo de problema na sua mercadoria, você terá
de voltar para trocá-la, terá que pagar o estacionamento novamente!
Quero agradecer ao
Presidente Toni Proença pela tolerância e pedir aos senhores e senhoras que me
ajudem nesses dois Projetos: no dos 20% e no dos shoppings. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): O Ver. Mauro
Pinheiro está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. MAURO PINHEIRO: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores, Sras Vereadoras, público que nos
assiste pelo Canal 16 e nas galerias, venho hoje aqui para falar do mesmo
assunto, Ver. Dr. Thiago, mas com duas visões diferentes. Uma delas nos traz
alegria, pois hoje o Prefeito José Fortunati assinou, pela manhã, com o grupo
Zaffari e Praia de Belas, o contrato para a construção da ciclovia na Av.
Ipiranga, que vai ser uma contrapartida dessas empresas e terá uma extensão de
quase dez quilômetros. A gente fica feliz porque vê a dificuldade do trânsito
na cidade de Porto Alegre, então é bem-vinda uma ciclovia, Ver. Cecchim. A
ciclovia da Av. Ipiranga, que vai ter um custo estimado de 2,5 milhões de
reais, vai ser bem mais barata que a ciclovia da Restinga, que custou aos
cofres públicos 1,5 milhão de reais, por 3,5 quilômetros, e está em fase final.
Então, calculando em termos de quilômetros, 7 quilômetros dariam 3 milhões de
reais na Restinga – na Av. Ipiranga, com 2,5 milhões de reais, estão sendo
feitos 9 quilômetros. Talvez até seja por isso a denúncia que este Vereador fez
ao Ministério Público sobre a ciclovia da Restinga: o valor que achamos ser um
pouco alto. Isso tem lógica, porque a ciclovia da Av. Ipiranga está custando
bem menos. Mas esperamos que a ciclovia da Av. Ipiranga seja de qualidade,
porque a da Restinga - sobre a qual fizemos essa denúncia ao Ministério
Público, que a acatou -, não é. Hoje até saiu uma notícia num jornal da Cidade,
o Diário Gaúcho, dizendo que o Ministério Público vai fazer uma perícia na
ciclovia da Restinga. (Mostra Jornal.) Nós denunciamos, e agora está dito aqui que
o Ministério Público está pedindo uma perícia na ciclovia da Restinga, pelos
seus custos, até porque nós estivemos lá várias vezes, e esse assunto já saiu
outras vezes no jornal, quando da denúncia, com fotos: há diversos postes no
meio da ciclovia, paradas de ônibus. Então, as condições da ciclovia na
Restinga são muito ruins. Esperamos que a ciclovia da Av. Ipiranga não siga os
mesmos moldes da ciclovia da Restinga. Estamos bastante otimistas com relação à
ciclovia da Av. Ipiranga - a ciclovia da Restinga é muito ruim. Eu estive
conversando com os ciclistas, e eles falam que a ciclovia da Restinga não tem
as mínimas condições. Na verdade, nem sei se aquilo lá poderia ser chamado de
ciclovia; eu gostaria de chamar de “calçadovia”, porque lá não tem calçada, e
quem sabe a ciclovia, já que não vai servir para andar de bicicleta, sirva para
as pessoas caminharem. Mas nós ficamos felizes, então, porque se iniciará a
obra da nova ciclovia, e ficamos tristes pela forma como está a ciclovia da
Restinga. Nesta semana, saiu uma reportagem num jornal mensal, o jornal
Vitrine, sobre a ciclovia da Restinga; outras reportagens saíram também no
jornal Sul 21, assim como no jornal Diário Gaúcho e na TV Record, quer dizer,
isso demonstra a falta de habilidade na construção da ciclovia.
Faço essa crítica, porque é o dinheiro público que
está sendo desperdiçado numa obra que poderia ser bem melhor, que poderia
ajudar, porque ciclovias são necessárias, nós sabemos da dificuldade do
trânsito. Gostaríamos que a Cidade tivesse mais ciclovias, que se pudesse usar
mais a bicicleta. Hoje é o Dia Mundial sem Carro, existe também uma lei aqui do
Ver. Adeli Sell, por isso são importantes as ciclovias no nosso Município, mas
ciclovias de verdade, Ver. Nedel, ciclovias que tenham condições, que tenham
pintura, sinalização, que não tenham paradas de ônibus nem poste no meio delas.
Aquela da Restinga não é uma ciclovia de verdade; ao contrário, vai causar mais
transtorno lá na Restinga, Ver. DJ Cassiá, que ajudar a população. Vai
atrapalhar o comércio, vai atrapalhar o trânsito, pois as pessoas não sabem se
é ciclovia ou calçada, na verdade, é uma “calçadovia”.
Espero que o Secretário da EPTC, o Cappellari,
tenha sensibilidade e dê uma olhada melhor naquela obra, que ele herdou do
Secretário Senna, e está tentando consertar, mas está difícil. Espero que o
Cappellari, então, olhe com carinho a ciclovia da Restinga e veja o que dá para
fazer para melhorá-la. Um abraço.
(Não revisado pelo orador.)
(O Ver. DJ Cassiá reassume a presidência dos trabalhos.)
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. Dr. Thiago Duarte está com a palavra em
Comunicações, por transposição de tempo com o Ver. Dr. Raul Torelly.
O SR. DR.
THIAGO DUARTE: Ilustre Presidente, Ver. DJ Cassiá; agradeço aqui
ao Ver. Dr. Raul, que sempre me antecede tanto nos períodos de Comunicações
quanto de Grande Expediente, pela gentileza de ter permutado comigo este
espaço.
Neste espaço, que é concedido para que possamos
divulgar as nossas atuações, gostaria de falar de alguns temas específicos. O
primeiro é a questão do Projeto para coibir os trotes para o SAMU, que esta
Casa acabou aprovando por unanimidade, e que vai tornar possível ao Executivo
Municipal ter um instrumento para punir efetivamente aquelas pessoas que ligam,
aplicando trote no serviço de urgência e emergência, que é o SAMU – Serviço de
Atendimento Médico de Urgência. É um contingente bastante grande de ligações,
por vezes chegam a 40% das ligações ao SAMU, e é fundamental que tenhamos um
instrumento para coibir esse tipo de ação criminosa. Muitas vezes, a formulação
do caso é tão bem feita que não só ocupa a linha telefônica como também acaba
fazendo com que equipes se desloquem aos locais para prestar o socorro e, ao
chegarem no local, observam que efetivamente havia sido um trote. Nós tivemos,
aqui na Comissão, a presença de alguns servidores, alguns colegas do SAMU, que
comentaram e trouxeram algumas experiências bastante interessantes da
integração, que já começa a acontecer, entre o SAMU e a EPTC, compartilhando
principalmente imagens das câmeras de televisão da EPTC, que acabam auxiliando
no salvamento e no atendimento dessas pessoas. Então, destaco esse Projeto e
agradeço aos meus Pares pela sua aprovação.
Outra coisa que quero destacar aqui, e vem da
Região Extremo-Sul da Cidade, é a atuação, a parceria e o auxílio que o DEP tem
dado, principalmente o da Região Extremo-Sul, e falo da figura do engenheiro
Enio, que, realmente, em três regiões daquele Bairro - Estrada do Varejão, Ruas
A e B; Sapolândia e Nossa Senhora das Graças -, hoje pela manhã, realizou uma
ampla vistoria, dando a sua parcela de ajuda para aquela população que acaba
ficando à margem da Cidade. Realmente, é de destacar essa atuação do DEP
naquela Região que, mesmo com todas as suas dificuldades, começa a atuar
profundamente naquela área.
Quero também referir que amanhã, às 13h30min - e
convido os Vereadores Dr. Raul, Oliboni, Beto, Todeschini e Mario Manfro, que
fazem parte da Comissão de Saúde -, receberemos o retorno daquela reunião que
fizemos, há cerca de 45 dias, com relação às estações de radiobase. As empresas
que estiveram aqui presentes vão trazer alguns fundamentos, alguns estudos que
realizaram nesse período para que, efetivamente, a gente possa continuar
fazendo essa observação, para podermos avançar na tecnologia sem termos
prejuízos no que se refere ao meio ambiente.
E, por último, estimulado pelo Ver. Dr. Raul,
gostaria de dizer que agora, nos meses de outubro e novembro, realizaremos,
pela Comissão de Saúde e Meio Ambiente, Ver. Oliboni, visitas às Gerências
Distritais de Saúde e às Unidades, com o acompanhamento da Secretaria Municipal
de Saúde e dos órgãos representativos, tanto da população quanto dos
trabalhadores, para efetivamente construirmos um processo de Saúde cada vez
melhor para todos nós. Muito obrigado, Ver. Dr. Raul; muito obrigado,
Presidente, agradeço a oportunidade e o espaço.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. João Carlos Nedel está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR. JOÃO
CARLOS NEDEL: Ilustre Presidente, Ver. DJ Cassiá; Secretário Toni Proença; Vereadores,
Vereadoras, hoje é Dia do Contador - eu sou contador, eu e o Ferronato -, e
quero, então, cumprimentar os contadores pelo seu Dia e dizer para os meus
colegas que estou aceitando os cumprimentos. Eu não recebi nenhum cumprimento
ainda. Puxa vida! É Dia do Contador, Cecchim. Tu nem me deste um abraço. Puxa
vida! (Palmas.)
Então, eu quero cumprimentar todos os contadores do
nosso Estado que estão fazendo um belo trabalho no controle das contas privadas
e públicas. Na Prefeitura, nós temos a Controladoria-Geral do Município, onde
estão os contadores, os técnicos em contabilidade, fazendo o controle das
contas do nosso Município.
Eu queria, Ver. Nilo Santos, dizer que a Prefeitura
de Porto Alegre, instigada pela Frente Parlamentar do Turismo, pediu a permissão de uso da Ilha da Casa da Pólvora, para que a gente
faça um convênio com a Associação dos Transportadores Náuticos para levar os
turistas e os porto-alegrenses até aquela bela Ilha, logo do outro lado do Cais
do Porto. Lá era o antigo depósito de pólvora, por isso tem o nome de Ilha da
Casa da Pólvora, onde há uma casa da guarda e o antigo paiol da pólvora. O
então Governador Olívio Dutra, há 13 anos, reformou aquela parte edificada,
Ver. Luiz Braz, que ficou uma beleza! Fez um trapiche muito bonito, fez
banheiros, levou para lá um gerador de energia. E o que aconteceu? Fechou.
Fechou, não tem nenhuma atividade. Havia um pequeno museu que fechou, e lá tem
um guarda que não recebe nem salário. Aquele espaço reformado está lá há 13
anos, fechado, se deteriorando; o trapiche já está apodrecendo; as instalações
de banheiro e de água estão todas enferrujadas, e é uma grande atração
turística de Porto Alegre. De lá, se tem uma paisagem esplendorosa da cidade de
Porto Alegre, e está lá abandonada. Dinheiro público atirado fora! Eu pedi uma
audiência com a Secretária do Meio Ambiente do Estado; há 20, 25 dias, venho
insistindo na audiência, não obtive nenhuma resposta. Estou mandando hoje um e-mail cancelando o pedido de audiência
- não quero mais, desisti. O Estado está atirando fora um patrimônio público de
grande interesse turístico da nossa Cidade. Está lá, Vereador, deteriorando-se,
enferrujando, o trapiche da Ilha da Casa da Pólvora está podre, é uma vergonha para
uma atração turística tão forte. Ou seja, assim o turismo em Porto Alegre fica
muito difícil, porque o setor público pouco ajuda. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. Dr. Raul Torelly está com a palavra em
Comunicações.
O SR. DR. RAUL
TORELLY: Presidente, Ver. DJ Cassiá; este momento de Comunicações é importante
também para a gente ressaltar as coisas boas que acontecem na nossa sociedade.
Dentre essas coisas boas, nós acabamos de vir, e vejo que chega também a Verª
Maria Celeste, da Fundação Gaúcha dos Bancos Sociais ligada à FIERGS, onde são
desenvolvidos trabalhos excelentes, trabalhos de voluntariado, trabalhos que
envolvem a comunidade, as associações, as entidades, os empresários, no sentido
de viabilizar as necessidade das pessoas na área da informática, da
alimentação, da literatura, do mobiliário, inclusive na área de pele - existe
até um banco de pele, na Santa Casa, que é utilizado graças à Fundação dos
Bancos Sociais da FIERGS.
Quero ressaltar que agora, no dia 6 de outubro,
teremos, aqui em Porto Alegre, o VII Seminário de Transporte de Desenvolvimento
Hidroviário Interior. Eu trabalhei, também, como médico em empresa de
navegação, sei o quanto precisamos evoluir na área da navegação. E a Sobena,
que é Sociedade Brasileira de Engenharia Naval, está, neste mês de outubro,
trazendo, para o Hotel Embaixador, o seu seminário nacional. Inclusive, neste
mês, já temos a promessa do Superintendente da SPH de que começaremos a ter o
transporte hidroviário entre as cidades de Guaíba e Porto Alegre, que há tantos
anos é solicitado.
Também uma outra importante consideração é que,
depois de tantas e tantas lutas, conseguimos, ontem, aprovar, no Congresso
Nacional, a regulamentação da PEC nº 29. Ainda não é definitivo, mas é um passo
muito importante que vai, realmente, direcionar os recursos para a Saúde
pública. Agora, essa matéria vai para o Senado e precisamos que haja
efetivamente um financiamento maior para a área da Saúde, uma vez que a Emenda
já está regulamentada, e agora já sabemos que o dinheiro que vier para a Saúde
deve, eficientemente, ser aplicado na saúde ambulatorial e na saúde hospitalar.
Eu também queria me congratular com o Projeto do
Deputado Osmar Terra, em nível nacional, que está trazendo modificação ao
Sistema Nacional Antidrogas, propondo que haja uma penalização bem maior ao
traficante e a possibilidade da internação compulsória da pessoa que está em
situação de drogadição e que não consegue mais ser responsável pelos seus
próprios atos.
Também é importante dizer que eu tenho trabalhado
há muito tempo, desde 2007 - e os colegas aqui sabem muito bem disso -, na
questão das UPAs em Porto Alegre. Temos agora, realmente, um indicativo muito
bom: a construção da UPA da Zona Norte, que já está com sua obra bastante
avançada, já temos até telhado, e acreditamos que, em cerca de quatro meses, a
população da Zona Norte e do seu entorno poderá ter esse equipamento, que será
uma experiência muito boa para a Cidade e que fará com que novas UPAs sejam
instaladas nas Regiões Humaitá/Navegantes, Partenon/Azenha, e na Zona Sul da
nossa Porto Alegre.
Nessa área da Saúde, as emergências hospitalares
lotadas, em especial, nós precisamos cobrar dos nossos hospitais públicos que
ampliem as suas emergências, ou seja, além de ampliarem os seus leitos - e nós
sabemos que precisamos de cerca de mil leitos em Porto Alegre -, nós precisamos
que hospitais, como o Hospital Nossa Senhora da Conceição e o Hospital de
Clínicas, ampliem as estruturas e os recursos humanos das suas emergências. Não
é possível que as pessoas tenham que conviver com emergências, que são
projetadas para 50 pessoas, e lá estejam permanentemente colocadas 150 pessoas.
Também quero ressaltar um bom indicativo, pois
parece que o Cais do Porto está finalmente saindo do papel, e desejar que todos
nós tenhamos cada vez mais saúde. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. Elói Guimarães está com a palavra em
Comunicações.
O SR. ELÓI GUIMARÃES: Sr.
Presidente, Ver. DJ Cassiá; nós temos feito, em algumas oportunidades,
reflexões sobre uma questão muito complexa, que é a Saúde.
Ontem, foi votada no Congresso a famigerada PEC nº
29, Dr. Raul, e, segundo informações e dados, não há dinheiro. Não bastaria a
votação da referida medida sem recursos. O Município, na sistemática do SUS,
que é um bom sistema, faz a vanguarda. Ele é exatamente o executor da Saúde em
nosso País, mas, de um tempo para cá, vem perdendo recursos, porque a União se transformou
numa grande esponja que recolhe, que suga os recursos regionais, locais e
nacionais para as mãos do Tesouro Nacional, e, quando os devolve, é a
conta-gotas.
A questão da Saúde é um problema estrutural. Nós
temos problemas de gestão, temos problemas ligados à corrupção - não deveria
haver, mas eles existem -, mas, basicamente, no meu entendimento, é uma questão
de aportarem-se recursos à Saúde. Todos nós assistimos, aqui na Casa, a algo sui generis, quando se pedia votar
contra o projeto de gratificação do Executivo pelas possibilidades do erário.
Afinal, não se faz Saúde sem médico, sem enfermeiro, sem um conjunto de
auxiliares; então, foi algo sui generis
que pudessem estar aqui pedindo que não fosse votado o projeto do Executivo.
Evidentemente, a inteligência da Casa não poderia, de forma nenhuma, conceder,
porque seria, vamos dizer assim, jogar tudo às favas, e a irresponsabilidade
não se poderia fazer nesta Casa.
A questão da Saúde, repito, é uma questão
estrutural, Dr. Raul, porque os valores disponibilizados são poucos, e o
Município de Porto Alegre, ao longo do tempo, acabou investindo e ultrapassado
o percentual estabelecido para a Saúde, por isso enfatizo que a questão é
exatamente a estrutural. Nós precisamos romper para efetivamente entregar
recursos aos Municípios, porque a doença não espera, a situação é gravíssima, e
as pessoas esperam meses, até ano, para terem determinados procedimentos
cirúrgicos. Nós não podemos mais aceitar isso, tendo o nosso País as
possibilidades que tem. Fica aqui esta manifestação.
Ontem, dado histórico, a Presidenta esteve falando
na ONU, foi importante; agora, vamos nos colocar do nosso tamanho, porque nós
temos problemas seriíssimos no Brasil, e a Saúde é um deles, não está resolvido
o problema da Saúde. E só se faz Saúde se efetivamente dispusermos de recursos.
Não importa se vai sair pela via do imposto, por onde vai sair; o que importa
efetivamente é que se adotem medidas fortes e que se coloquem recursos à
disposição dos Municípios para enfrentar os problemas da Saúde. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. Aldacir José Oliboni está com a palavra
para uma Comunicação de Líder, pela oposição.
O SR. ALDACIR
JOSÉ OLIBONI: Nobre Presidente, Ver. DJ Cassiá; colegas Vereadoras, Vereadores;
público que acompanha a nossa Sessão no dia de hoje, estava conversando, há
pouco, com minha colega Verª Maristela Maffei, que tem um enorme trabalho na
Região Leste da nossa Cidade, mais precisamente na Região da Lomba do Pinheiro,
da Restinga, e a Verª Maristela Maffei me falava sobre um projeto de extrema
importância para essas Regiões, ao qual não foi dada a devida atenção do atual
Governo e sobre o que precisamos fazer uma reunião com uma certa urgência.
Trata-se da execução de um projeto de lei em nível municipal, mas com recursos
federais do Ministério da Cultura e do Ministério do Esporte, para o qual
seriam destinados praticamente 3,5 milhões de reais para cada projeto, somando
7 milhões de reais. Em função de uma contradição de Governo, Ver. Dr. Raul, foi
encaminhado um projeto que inclui a obra do Centro Cultural da Lomba do
Pinheiro com 3 mil metros quadrados, e não com 7 mil metros quadrados, como no
projeto original.
A Verª Maristela Maffei me colocava que isso
realmente está causando indignação e preocupação dos moradores, porque o
Governo Municipal vai acabar perdendo os recursos, devolvendo mais de 4 milhões
e 400 mil reais para os Ministérios em função de não ter elaborado um projeto
de construção adequado para a Região. Somente na Lomba do Pinheiro, na Parada
13, Ver. Brasinha, há quatro hectares, e poderia ser feito um centro cultural
que abrangesse a obra que a SMOV tanto quer para guardar as máquinas, o centro
cultural, a creche que a comunidade quer, e uma série de benfeitorias.
Portanto, o Governo acaba perdendo esse recurso por falta de habilidade
política. É uma enorme preocupação.
Então, eu creio que cabe aqui uma reunião com a
CUTHAB, Presidente - o Ver. Pedro Ruas, como também o Ver. Comassetto, que é o
Vice-Presidente, possivelmente estão nos ouvindo -, onde se possa reunir a
Governança, ou o Prefeito Municipal, com a Secretaria da Cultura e a Secretaria
de Esportes para poderem dar uma nova explanação sobre esse projeto do Governo
Municipal ora apresentado aos Ministérios, que acabou perdendo 4 milhões e 400
mil reais, porque reduziram o projeto.
Um projeto que poderia ser de 7 mil metros
quadrados acabou sendo de 3 mil metros quadrados. É realmente, uma enorme
preocupação. Eu não sei onde aconteceu o erro e me somo a essa preocupação da
Verª Maristela Maffei, do PCdoB, que está aqui conosco e que pontua muito bem
essa questão trazida a esta Casa. A Câmara Municipal poderá convidar essas
Secretarias, o próprio Governo para poder dar uma justificativa em relação à
redução da área construída desses projetos ora defendidos para a Lomba do
Pinheiro, para o seu centro cultural e, para a Restinga, para o Complexo
Cultural da Restinga. Essas comunidades defenderam esses projetos lá no OP,
inclusive esse foi um dos projetos comunitários dessa região. Uma vez aprovados
no OP, criou-se na população uma expectativa de que fosse acontecer no ano
subsequente, apesar de ter demorado muito tempo, isso é lá de 2002, quando foi
aprovada Área de Interesse Social. Depois foi aprovado o recurso dentro do OP,
depois foi-se buscar a ampliação desse recurso junto ao Ministério da Cultura e
do Esporte, e agora havia possibilidade real e concreta de isso acontecer.
Então, acho muito oportuna essa manifestação da
nobre colega Verª Maristela Maffei com relação à Lomba do Pinheiro, e me somo a
ela, pedindo que a CUTHAB possa urgentemente fazer essa reunião, convocando as
diversas Secretarias para poderem dar um esclarecimento melhor em relação a
esse projeto.
Há tantos outros projetos importantes da Cidade,
mas este não é menos importante. Ele é de extrema importância para essa região,
porque é um local que há muito vem sendo pleiteado pela comunidade e cuja ampla
discussão não pode deixar de ser priorizada. Por isso, agradeço e damos boas-vindas
à nossa colega Verª Maffei. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Sr. Paulinho Rubem Berta está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR. PAULINHO
RUBEM BERTA: Sr. Presidente, Ver. DJ; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores,
em primeiro lugar, parabenizo a Presidente desta Casa pelo programa Com a
Câmara na Cidade, que hoje visitou o bairro Passo das Pedras, a minha Região,
onde foi constatada, não só a reintegração de posse de 140 famílias, já em 2ª
Instância, julgada e transitada em julgado, que se encontra no TJ, mas também
foram lá argumentadas outras questões referentes à Saúde, ao transporte
coletivo, havendo também algumas críticas construtivas, outras nem tanto,
colocadas pela população e por suas lideranças.
Este Vereador, com seu o Gabinete, com as suas
parcerias, e com a parceria da Secretaria da Saúde, trabalhando a várias mãos,
têm trabalhado, e muito, para tentar amenizar a questão da Saúde naquela
Região, e aqui quero citar algumas coisas - Ver. Oliboni , o senhor que é um
homem que também trabalha muito pela Saúde.
Nós temos a Unidade São Cristóvão, que fica junto à
Paróquia Nossa Senhora de Fátima, quase na Av. Baltazar de Oliveira Garcia, que
atende as vilas Vargas, Alexandrina e Max Geiss. Ali a gente conseguiu uma
verba de 350 mil reais, que era destinada à UBS do Conjunto Residencial Rubem
Berta, sendo que, num acordo entre as duas Unidades, o Governo, a Secretaria de
Saúde e outros parceiros, resolvemos que poderíamos dividir essa verba de 350
mil reais, sendo 175 mil reais para cada uma, para que se fizesse uma bela
reforma em cada Unidade, proporcionando assim melhores condições de atendimento
àquela população. Assim foi feito, só que o Secretário Casartelli e a
Prefeitura de Porto Alegre resolveram que o valor de 175 mil reais, referente à
reforma na Unidade do Rubem Berta, que já está em curso - a qual vou vistoriar
na terça-feira, vou lá fazer o meu trabalho de Vereador para fiscalizar -, será
concluída até o final de novembro. Para a Unidade São Cristóvão, pelas
condições em que se encontrava, foram aportados mais recursos e, na realidade,
está sendo construída uma nova Unidade de Saúde, maior, mais abrangente, com
mais capacidade de atendimento. Então, na mesma Região, foram duas Unidades.
Também conseguimos,
junto ao Governo do Estado, através do Programa de Prevenção da Violência –
PPV, uma outra Unidade de Saúde, que vai contar com três equipes do Programa de
Saúde da Família - PSF, com toda a estrutura, no Conjunto Residencial Rubem
Berta, que contava com só uma Unidade para atender a 40 mil pessoas; não havia
sequer uma equipe de PSF.
Através da
sensibilidade do Secretário da Saúde, do Secretário de Coordenação
Política e Governança Local, e do Prefeito José Fortunati, que entenderem e
olharam a situação, junto também com a luta dos conselheiros do
Orçamento Participativo - em especial daquela Região -, está sendo construída,
para a qual já há o recurso, uma emenda parlamentar no valor de 500 mil reais,
tendo a contrapartida da Prefeitura Municipal, para outra Unidade no Conjunto
Residencial Rubem Berta, na Rua Profº Augusto Osvaldo Thiesen. Na Rua Domenico
Feoli, fica o PPV.
Bom, o que posso
dizer para os moradores, cidadãos que hoje nos acompanharam nesta caminhada no
Jardim Passo das Pedras? Já existe o projeto para ampliação e construção da
Unidade do Passo das Pedras, que hoje não tem capacidade para atender a toda a
população. Onde estava o nó que impedia a construção? Onde estava a dificuldade
disso? É que a Unidade de Saúde está abaixo do nível da rua. A Lei diz que não
podem ser construídos dois pisos - nós argumentamos, a Secretaria trabalhou -,
mas como o primeiro piso está no nível da rua, Ver. Oliboni, foi autorizada a
construção do segundo piso.
Então, muito em breve
- lógico que há a tramitação burocrática, a documentação, tudo para ser ainda
trabalhado e o que já foi -, o Jardim Passo das Pedras terá a sua Unidade de
Saúde ampliada, não só no tamanho, como no atendimento e número de
funcionários. O Jardim Passo das Pedras já ganhou isso, conquistou. Agora, é
trabalhar essa questão.
A questão do transporte no Jardim Passo das Pedras,
realmente é uma questão muito difícil e precisa ser resolvida já de muito
tempo. A EPTC, a SMT, a Prefeitura, este e outros Vereadores, todos, estamos
trabalhando essa questão, mas nós precisamos
exatamente o seguinte: primeiro, que tragam as demandas a esta Casa para que
elas sejam encaminhadas.
Outra coisa que eu
quero alertar e que gostaria de ter a atenção da Presidente desta Casa para o
que vou dizer - sei que estou extrapolando o tempo. Em todo lugar que a gente
vai hoje, a população interpreta que o Vereador é o dono da caneta, que o
Vereador é quem manda construir, que o Vereador é quem manda fazer, que o
Vereador é quem libera. Estão enganados! Nós legislamos nesta Casa e não
executamos. Nós encaminhamos, fazemos parcerias, e exigimos o cumprimento da
lei, somos fiscais disso. Muito obrigado, Srª Presidente, voltarei num novo
momento a esse tema.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Alceu
Brasinha está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. ALCEU BRASINHA: Srª Presidente, Verª
Sofia Cavedon; Srs. Vereadores, vejam bem, é motivo de alegria essa nova
parceria que Município faz, hoje, com o Grupo Zaffari. E, lá, mais uma vez,
encontro com os meus irmãos, amigos, que ao longo desse tempo que estou em
Porto Alegre, mais de 35 anos, vejo que esta família Zaffari é a família que
faz a diferença na Cidade. Por exemplo, a Av. Grécia, onde eu moro, está
ficando linda, e não só essa Avenida, Ver. Cecchim, porque na parceria entraram as praças, as
entradas; enfim, a Av. Grécia vai desafogar o trânsito. Essa é uma empresa que
pensa na Cidade; é uma empresa que faz compensações boas para a Cidade.
Eu sempre vou defender o pequeno e médio empresário
de Porto Alegre, do Rio Grande do Sul, do Brasil. Mas não esses que vêm, por
exemplo, investir 38 milhões de reais e acham que 18 milhões de reais de
compensações são muito. Só que eles esqueceram que a Prefeitura está investindo
mais de 80 milhões de reais. Esse é o Grupo Walmart, que está fazendo aquela
Avenida atrás do hipermercado BIG. Nessa situação, eu vou ficar sempre ao lado
do grupo de empresários pequenos, aqui de Porto Alegre, e do Rio Grande do Sul.
Porque eu não gosto desses caras que vêm lá de fora, principalmente do
Carrefour. Graças a Deus que um fechou, porque iam fazer um atacadão lá! Eu não
devo nada para eles e não estou nem aí. Se eu devo, devo para banco e não tenho
vergonha de dizer. Mas eu quero dizer para eles que eu não devo nada, e não
compro nada na loja deles - sou contra eles, sempre!
Eu vou defender sempre aquele pequeno e médio
empresário, como o Cecchim, que veio da iniciativa privada, que tem seus
funcionários, trabalha todos os dias, inclusive nas horas de folga está
trabalhando em sua empresa. Isso, sim, eu vou defender. E aí eu me apavoro
quando tem gente que vem defender esses grandes, esses milionários. Eu não
defendo, não defendo porque não é meu estilo. Meu estilo é saber o que acontece
aqui em Porto Alegre, no meu bairro, na minha rua. Eu não quero saber o que
está acontecendo lá em Brasília. Eu não estou nem aí para eles. Eles nem sabem,
por exemplo, se nós estamos aqui, ou o que nós fazemos. Mas aqui tem um
empresário que aposta em Porto Alegre, ajuda Porto Alegre, investe em Porto
Alegre e trabalha por Porto Alegre: a companhia Zaffari e Bourbon, que é uma
companhia que dá uma lição para Porto Alegre, dá uma lição para o mundo.
Eu quero falar do aniversário do meu Grêmio, que
foi no dia 09. Nós, eu e a Verª Sofia Cavedon, estivemos no Leopoldina Juvenil,
onde fomos muito bem recebidos. E o Grêmio, em mais uma data de seu
aniversário, 108 anos, e, se Deus quiser, terá uma longa vida, passará dos 500
anos. O Ver. Luiz Braz, que é conselheiro do Grêmio junto comigo e com o Ver.
Pujol, esteve lá para ver o projeto da mais moderna e mais bonita Arena do Rio
Grande, do Brasil e do mundo. O ônibus do Grêmio já está circulando com a nova
cara da Arena. No final de 2012, nós estaremos lá para inaugurá-la. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Toni Proença está com a palavra em
Comunicações, por cedência de tempo do Ver. Elias Vidal.
O SR. TONI
PROENÇA: Boa-tarde a todos, saúdo a nossa Presidente, Verª Sofia Cavedon; Srs.
Vereadores, Sras Vereadoras, senhoras e senhores, nós, um grupo de
Vereadores, caminhamos hoje pelo Jardim Passo das Pedras, que faz parte, mais
precisamente, do eixo da Baltazar, fazendo a visita do Câmara na Comunidade,
onde identificamos e discutimos com aquela comunidade os vários problemas que
enfrentam; e levantamos duas demandas. Além disso, tratamos de uma área de oito
hectares para a qual está sendo proposta a reintegração de posse de mais de 400
famílias. É incrível que essa reintegração de posse, porque em toda a área já
tem calçamento, pavimentação, energia elétrica, rede de água, e em alguns
trechos até esgoto. Durante anos, a Cidade investiu nessa comunidade, e agora
temos um despacho judicial de reintegração de posse. Ver. Cecchim, alguma coisa
andou errado, porque a comunidade está lá há 40 anos. Alguns conseguiram usucapião,
outros não; e é o tema sobre o qual temos que nos debruçar. Houve um recurso; perderam em 2ª Instância; a Juíza manteve a decisão, e agora subiu ao
Superior Tribunal de Justiça para uma nova análise. Mas, mesmo assim, são em
torno de mil pessoas que precisam estar ao abrigo dos Poderes constituídos, ou
seja, da Câmara, através das atividades parlamentares, da possibilidade de
mediar conflitos; e do Executivo, não sei como, talvez declarando aquela área
de Área de Interesse Social, para que a Reintegração de Posse seja suspensa por
algum tempo e se possa encontrar uma solução para aquela comunidade.
Em seguida, fomos ao
Banco de Alimentos e à Fundação de Bancos Sociais na FIERGS, na mesma região do
Porto Seco. O Ver. Cecchim conhece muito bem esse trabalho. Nós, os Vereadores
participantes da Frente Parlamentar de Combate à Miséria, fomos conhecer o
trabalho dos Bancos Sociais, atualizar o conhecimento, pois todos já os
conhecíamos, e ver de que maneira poderíamos nos socorrer desse trabalho do
Banco Social para ajudar no combate à miséria, principalmente nas quatro
comunidades do bairro Humaitá: Santo André, Tio Zeca, Beco X e Liberdade, que
são focos de miséria extrema e que ficaram para trás no Programa Integrado
Entrada da Cidade. Ali a Prefeitura fez uma intervenção muito forte, recuperou
e reassentou milhares de famílias, perto de mil e 800 famílias; mil e cem já
foram reassentadas, mas nós ainda temos focos de pobreza e miséria extremos ali
naquela Região, assim como em outros locais da Cidade.
Entendemos, nós que
compomos a Frente Parlamentar, que o combate a esse problema não pode se dar
somente pela Prefeitura, tem que haver um esforço da Prefeitura, da Câmara de
Vereadores, do Ministério Público e da sociedade civil organizada. Por isso,
fomos lá no Banco de Dados ver de que maneira podemos estabelecer uma parceria
para que possamos, num esforço, fazer um trabalho e gerar uma iniciativa que
possa dar autonomia a essas pessoas, que possa dar condições de superar essa
pobreza extrema e de miséria absoluta na qual elas vivem, e que as
tornam imóveis e, nessa condição, elas não conseguem acessar o serviço de
assistência social já estabelecido por todas as instâncias do Governo. Era
isso. Obrigado pela atenção.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Luiz
Braz está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. LUIZ BRAZ: Srª Presidente Verª
Sofia Cavedon; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras,
senhoras e senhores, vai fazer 13 anos que, nos meses de julho, reunimos aqui
no Plenarinho as entidades do Terceiro Setor e pessoas que já foram premiadas
com o troféu Solidariedade, um troféu que entregamos para entidades
assistenciais e para pessoas que prestam solidariedade, a fim de que se sintam
incentivadas a continuar a fazer solidariedade, ou seja, estender suas mãos em
direção àqueles que precisam. Essas entidades e essas pessoas comparecem aqui
no Plenário da Câmara Municipal para indicar outras entidades e outras pessoas
para também receberem esse troféu. Eu sou apenas o organizador, mas quem
realmente indica e vota são as entidades assistenciais. E, para este ano, as
entidades indicaram para receber amanhã, aqui, no Plenário Otávio Rocha, o
troféu Solidariedade, que talvez seja a peça de arte mais bonita que entregamos
aqui na Câmara Municipal - aqueles Vereadores que participam conosco deste ato
da entrega do troféu Solidariedade vão poder testemunhar isso -, confeccionada
por Natalino Tomasi. Eu estou convidando todos os Vereadores e Vereadoras para aqui comparecerem para fazermos, juntos, essa
entrega.
A Fundação Gerdau
estará aqui recebendo esse Troféu - uma das indicadas -, juntamente a uma
entidade que eu também gosto muito pelo trabalho que executa, uma entidade
ligada à Pontifícia Universidade Católica, chamada Voluntárias da Mama. Elas me
chamaram a atenção e, amanhã, vão poder dizer aqui, também, a este plenário,
quando estiverem aqui recebendo o seu troféu Solidariedade, que, a cada ano que
passa, diagnosticam que mulheres cada vez mais jovens estão tendo problemas de
câncer de mama. É preciso que essa Entidade - Voluntárias da Mama -, juntamente
a outros institutos que também lidam com o assunto, estejam a campo para
alertar e ajudar a diagnosticar o câncer de mama num estágio em que ele ainda
possa ser combatido.
Amanhã, então, as
nossas amigas desse grupo intitulado Voluntárias da Mama estarão aqui para
receber o troféu Solidariedade.
Ainda para receber o
troféu Solidariedade, amanhã, também, uma surpresa para mim, porque é uma
entidade que fui conhecer, agora, quando fui lá levar o convite para que
receberem o troféu Solidariedade, que é a Escola Infantil Arco-Íris, lá da
Restinga Velha.
Pude ver uma coisa
que eu não esperava, Ver. Elói e Ver. Cecchim: uma Escola, em plena Restinga
Velha, muito bem conservada, cuidada por apenas uma pessoa, mas que abriga, na
verdade, no seu seio, mais de cem crianças. Ela é realmente um dos grandes
exemplos que nós temos da dedicação de pessoas – e pessoas carentes – para
fazer com que, principalmente, crianças possam ser bem atendidas.
Então, juntamente à Fundação Gerdau, às Voluntárias da Mama e à Escola Infantil Arco-Íris, nós também estaremos entregando o troféu Solidariedade para o Creci, que aqui estará, através do Flávio Koch, que é realmente um grande parceiro, nosso amigo e que tem feito muito...
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
(Presidente concede
tempo para o término do pronunciamento.)
O SR. LUIZ BRAZ: ...Muito obrigado,
Vereador; muito obrigado, Presidente. E também os meus amigos da Sinergy que
ajudaram a fazer este Projeto da Orla do Guaíba, fazendo com que as quadras de
esporte pudessem ser recuperadas.
Então, essas Entidades estarão aqui, a partir das
17 horas. O coquetel será oferecido pelos meus amigos do Zaffari, que também já
receberam o troféu Solidariedade, e eu convido todos os Vereadores e
Vereadoras, senhores e senhoras, para estarem, aqui, quando estaremos premiando
essas Entidades e essas pessoas que trabalham de forma solidária por uma
sociedade melhor. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Elói Guimarães está com a palavra para uma
Comunicação de Líder, pelo Governo.
O SR. ELÓI
GUIMARÃES: Srª Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, utilizo
este tempo, e declinarei do período de Pauta, porque examinarei, rapidamente,
esta matéria que se constitui de uma permuta entre o Município de Porto Alegre
e o Jockey Club do Rio Grande do Sul.
Quando fui Secretário, Ver. Braz, da Administração
do Estado do Rio Grande do Sul, do grande Governo de Yeda Crusius, eu tive a
oportunidade de contribuir ali com uma série de providências no encaminhamento
de questões ligadas ao Jockey Club do Rio Grande do Sul.
Tivemos a oportunidade de, no Centenário do Jockey
Club, prestar-lhe uma significativa homenagem. E eu entendo que o Jockey Club,
aquele verdadeiro pulmão que ali está, aquele espaço, é da Cidade. É uma
entidade de utilidade pública, embora privada, como os clubes também, mas ele
tem características especiais. É um lugar aprazível, independentemente de
gostar-se ou não das carreiras. Eu, por exemplo, gosto de carreiras, e o Jockey
Club está na nossa história.
E o Jockey Club é um patrimônio.
Aqui está se iniciando a discussão em Pauta, é uma permuta que fará o Município
com o Jockey Club, sendo que ambos os interesses estão preservados. O Município
fará ali um terminal de ônibus. Interessa ao Jockey Club fazer essa permuta no
sentido de desenvolver as suas atividades e, ao Município para ter ali um
terminal num local estratégico. Fica aqui a nossa manifestação, iniciando essa
discussão. Vou acompanhar esse Projeto que é extremamente importante, porque,
são necessárias ações em torno de uma entidade como o Jockey Club.
Os jockey clubs no mundo, hoje, passam por
crises, e o Jockey Club do Rio Grande do Sul está ligado à nossa história.
Tive a oportunidade
de contar aqui, quando homenageávamos o centenário do Jockey Club, a história
do Rio Grande do Sul, a história do Jockey Club, e da importância do cavalo no
Rio Grande do Sul. Agora, na Semana Farroupilha, nós tivemos a oportunidade de
decantar toda a gesta farroupilha. Vejo que o Ver. Sebastião Melo, que também é
um cavaleiro, é um homem do cavalo, quer um aparte. De imediato, concedo o
aparte.
(Aparte
antirregimental do Ver. Sebastião Melo fora do microfone. Inaudível.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Ver. Elói,
estou alterando o seu período para Comunicação de Líder, pelo Governo, porque
V. Exª já havia falado em Comunicações.
O SR. ELÓI GUIMARÃES: Mas eu não estou
inscrito no caderno de Comunicações?
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Mas é vedado
por duas vezes. O senhor está falando em liderança de situação. Pode seguir o
seu discurso.
O SR. ELÓI GUIMARÃES: Sou grato a V. Exa e
vou declinar de discutir a matéria no espaço adequado de Pauta, porque eu estou
fazendo o debate agora. Eu gostaria de ter ouvido a manifestação, o brilho, do
Ver. Sebastião Melo, mas fica para outra oportunidade. Então, vamos acompanhar
este Projeto que é um projeto que interessa à Cidade - a permanência, a
presença, a vida do Jockey Club pertence à cidade de Porto Alegre,
independentemente de se gostar ou não das carreiras. Fica aqui a nossa rápida
reflexão, para dizer que se trata de uma permuta importante, encaminhada pelo
Executivo, e que a gente vai envidar esforços no sentido de se fazer a
aprovação desta matéria. Obrigado, Presidente.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Nelcir
Tessaro está com a palavra em Comunicações.
O SR. NELCIR TESSARO: Srª Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, público que nos assiste; quero hoje, neste
período de Comunicações, convidar todos os porto-alegrenses para que compareçam
ao Jardim Botânico de Porto Alegre, onde agora, às 14 horas - eu lá estava
presente -, foi aberta a Feira do Livro Infantil do SECRASO. Esta feira
tradicional, desde 2010, faz parte do Calendário de Eventos de Porto Alegre.
Começou às 14 horas de hoje e vai até o dia 25. É muito importante, porque lá
nós temos visitação de escolas, as crianças têm acesso aos livros infantis, e
isso é muito importante. O Luiz Coronel está lançando um livro lá, e diversos
outros serão lançados durante esta semana, fazendo com que as crianças aprendam
a conviver com a leitura. Nós temos, nesta Câmara de Vereadores, a Frente
Parlamentar de Incentivo à Leitura. A cada dia mais nos afastamos da leitura,
tendo em vista o uso do computador, que faz com que os jovens tenham acesso a praticamente
tudo, e esqueçam a leitura dos livros. Por isso esse incentivo. Logo, logo, em
outubro, teremos a Feira do Livro, onde também estaremos presentes. Então, nós
vamos começar agora, com a nossa primavera, que hoje se inicia, e continuaremos
até o mês de outubro, com a nossa Feira do Livro. É muito importante que cada
um possa divulgar, fazer com que as crianças se voltem para a leitura, que não
cheguem em casa e vão para os computadores. E que seus pais incentivem a
prática da leitura, para que ela seja mantida. Eu defendo, como quando dei
minha opinião sobre a Frente Parlamentar do Livro, que, quando as paradas de
ônibus estiverem organizadas em Porto Alegre, tenhamos ali um espaço para
depositar livros para leitura. Ou que quem viaja de ônibus, possa pegar um
livro numa parada e receber um tíquete para que possa devolver quando descer na
outra parada, próximo ao Centro, por exemplo. E assim, cada vez mais, fazermos
com que haja esse incentivo. Eu acho que só com incentivo à leitura é que nós
podemos fazer com que este País seja mais educado e, assim, coibir as práticas
de vandalismo, como a que ocorreu na semana passada, na Cidade Baixa. É muito
preocupante quando jovens se unem para a prática do crime. É justamente com
educação que nós vamos poder incentivar o crescimento cultural, a busca do
emprego, a qualificação profissional para competir no mercado de trabalho.
Também quero
aproveitar esses minutos que me restam para cumprimentar todos os contadores.
Eu sei que nesta Casa temos o Setor de Contabilidade. O Ver. Idenir Cecchim,
tal como eu, quando nós iniciamos a faculdade, lá em 1974, fizemos dois anos de
Contabilidade. O Ver. Airto Ferronato é contador, e hoje é o Dia do Contador.
Ver. Luiz Braz, Ver. Toni, o Contador é imprescindível para o dia a dia de
todas as profissões, de todo comércio, do setor público em geral. O contador é
fundamental do início ao fim, porque, até quando chega a hora da apresentação
da declaração de imposto de renda, está lá o contador para fazer com haja essa
conciliação de contas. Zelar, também, pelas contas públicas, como faz a
Contadoria-Geral do Estado, que faz com que as coisas aconteçam, como nós temos
também, no Município de Porto Alegre, a Contadoria. Eu quero aproveitar e
cumprimentar, justamente neste dia em que oficializamos a feira do SECRASO, a
3ª Feira do Livro Infantil, o dia da nossa bendita primavera e o Dia do
Contador. Obrigado, Sras Vereadora e
Srs. Vereadores.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Obrigado,
Ver. Nelcir Tessaro. Já deixo a sugestão para todos os Vereadores de duas
atividades, pelo menos, que, se possível, sejam realizadas na Feira do Livro.
Uma: cada Vereador poderá escolher um escritor ou escritora para gravar um
programa curtinho com a TVCâmara, apresentando o livro, a produção do escritor.
Nós vamos gravar durante o período da Feira, lá no espaço da Câmara. Então,
todos já têm que escolher o seu escritor ou escritora, porque, no início da
semana, vai um calendário para as pessoas preencherem. E a segunda atividade
será o lançamento de livro, apresentação de livro, de projeto. Se os Vereadores
quiserem, podem agendar também, porque nós teremos do meio-dia às 22 horas,
todos os dias, e já estamos produzindo essa agenda.
O Ver. Idenir Cecchim
está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. IDENIR CECCHIM: Srª Presidente, Srs.
Vereadores, vocês não estranhem, porque eu não vou fazer crítica nenhuma ao PT
hoje, em Liderança, Ver. Luiz Braz. Eu quero falar de uma coisa muita bonita
que nós temos nesta Cidade e que foi devolvida para a população há uns dois
anos e meio. Eu quero falar do Largo Glênio Peres, que, depois de muitos anos,
foi devolvido para a população. No seu entorno, o Mercado Público foi
revitalizado, restaurado, está bonito, bem frequentado, bem operado pelos
permissionários; o Chalé da Praça XV, que faz parte da nossa história, um lugar
onde muitos homens e mulheres importantes da cidade de Porto Alegre já jantaram
ou tomaram o seu chopinho, está maravilhoso com essas reformas, com a Praça XV
maravilhosa, que também foi devolvida para a população. Então, eu queria fazer
um apelo desta tribuna - a grande maioria dos Vereadores, dos meus colegas que
aqui está já concordou com isto: que o Largo Glênio Peres não seja trancado, a
todo o momento, com feiras com os mais diversos nomes. Eu acho que nós temos
que enfrentar esse tema com galhardia e não podemos ceder a pressões, às vezes,
“pressõezinhas interesseiras”, com nomes dos mais diferentes, que usam um
espaço público e cobram para quem lá expõe, como, por exemplo, a Feira da
Economia Solidária, que tem grandes recursos da Petrobras e de outros tantos, e
cobra para as pessoas instalarem suas bancas, venderem produtos com preços
altos, produtos esses que têm no Mercado Público, ou quase todos eles, com
exceção de alguma coisa de artesanato, mas isso não justifica, porque nós temos
muitas feiras de artesanato pela Cidade. Começou lá com o Ver. Adeli Sell,
continuou na minha gestão, e, agora, o Valter Nagelstein, Secretário da
Indústria e Comércio, continua com a mesma política. E nós não podemos sofrer
essa pressão para que se volte a instalar as feiras que trancam totalmente o
Largo Glênio Peres, que somem com o Mercado Público, com o Chalé e com as
pessoas que precisam circular por lá.
Eu não tenho nenhum problema de falar abertamente
sobre este assunto; nenhum problema, porque a população não pode ser usada por
quem quer ter lucro com isso. Muito lucro! Os organizadores de algumas feiras
têm muito lucro com isso. A grande maioria das pessoas que vem vender nesta tal
de Feira Solidária nem é de Porto Alegre! E o Largo Glênio Peres é de Porto
Alegre e do Rio Grande, mas para ser desfrutado, para caminhar, para olhar, de
lá do Largo Glênio Peres, as belezas que nós temos ao redor: o Largo Municipal,
o Mercado Público, o Chalé, os casarios da Rua José Montaury; para ser o Largo
Glênio Peres. É para isso que se construiu, por isso é que nós gostamos tanto
desse Largo, por ele estar livre.
Eu queria propor - e já existe a intenção de muitos
colegas nossos do Executivo Municipal - que o Largo Glênio Peres tenha uma
grande feira, a mais tradicional, mais antiga que a Cidade, que é Feira do
Peixe; que as demais, mesmo aquelas que são institucionais, apenas usem cem
metros quadrados; e que o restante do Largo fique e continue para a população.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Passamos ao
Já temos a data, Ver. Sebastião Melo, do lançamento
do nosso livro, Ver. Toni, Ver. Braz e Ver. Haroldo: será no dia 8 de novembro,
às 14h, no Memorial, com o título “Uma década de leis e ações”.
O Ver. Sebastião Melo está com a palavra em Grande
Expediente, por cedência de tempo de Ver. Haroldo de Souza.
O SR.
SEBASTIÃO MELO: Minha preclara Presidente, colegas Vereadoras e
Vereadores, público que nos assiste, primeiro quero agradecer ao meu amigo de
fé, Haroldo Joaquim de Souza, da velha e nova Jacarezinho, aquerenciado no Rio
Grande há mais de 30 anos.
Desta tribuna quero fazer um convite aos meus
colegas: aqui neste plenário, domingo, a partir das 9h, Ver. Idenir Cecchim, o
PMDB vai realizar a sua convenção municipal; eu ficaria muito honrado,
Presidenta, de contar com a sua presença e a de todos os meus colegas; todos
estão convidados e serão bem-vindos. O mote da nossa convenção é: Porto Alegre
está mudando, e o PMDB faz parte dessa mudança.
Eu me recordo, no final de 2004, Presidente Valdir
Fraga, quando o Fogaça, numa acirrada disputa com o PT, ganhou a eleição em 2º
turno. Pegou uma Prefeitura, Toni, com muitas dificuldades financeiras e
colocou a mão de ferro do Cristiano Tatsch para deixar as finanças em dia. Isso
permitiu - assim que colocou as finanças em dia, ou seja, num linguajar bem
comum, que o povo entenda, tirou a Prefeitura do SPC - que a Cidade começasse a
enfrentar obras que há 30 anos não enfrentava.
Nós estamos comemorando os 239 anos de Porto
Alegre; até os seus 238 anos, esta Cidade tinha tratados 24% do seu esgoto;
pois esta Cidade vai chegar ao final de 2012 com quase 80% do seu esgoto
tratados. Os jornais não cansavam de publicar, e as rádios, de noticiar, as
andanças de jet ski em vários bairros
da Cidade, fruto dos alagamentos; pois o DEP, sob a batuta de Ernesto Teixeira, conseguiu fazer obras fantásticas.
Faça-se justiça, o Conduto Álvaro Chaves foi deixado licitado pelo Governo do
PT, mas o Fogaça teve a grandeza de continuar a obra e fazer mais 14 até agora,
que passam pela Santa Terezinha, que chegam no Sarandi, e inauguramos, nesse
sábado, uma obra fantástica em Ipanema, na Av. Cel. Marcos, uma zona em que não
há mais alagamentos.
Este Governo promoveu mudanças, e o PMDB faz parte
delas. Eu reconheço avanços no Centro de Porto Alegre, eu que lá morei quase
uma década. Mas, cá para nós, Cecchim, sobre as intervenções feitas no Centro, V. Exª teve um papel
fundamental nisso, quando na administração da SMIC. E não foi só isso, foram
tirados todos os camelôs do Centro, sem nenhum chicote na mão, dando uma porta
de oportunidades, e construindo o Centro Popular de Compras. Isso fez com que
as ruas voltassem a ser do povo; as aberturas acupunturais para passar carros;
o Mercado Público com seus deques e com a sua reforma, Cecchim, sob o seu
comando. Isso abriu possibilidade para que o Chalé investisse dois milhões de
reais, e se traduzisse no símbolo da Cidade da época do Império. Isso faz com
que a Praça da Alfândega, que vai ser entregue, logo em seguida,
recuperadíssima; e o Cais do Porto, que é um sonho vintenário.
Porto Alegre está mudando, e o PMDB faz parte dessa
mudança.
Mas eu me lembro como se fosse hoje, aqui do lado,
Presidente, da Vila Chocolotão. Toni, quantas vezes nós saímos daqui para
socorrê-los de incêndios? Viviam na barbárie, na dificuldade - e à noite era
pior. Pois há 25 anos essa vila estava aqui, e, hoje, essa vila está lá encravada
na Av. Protásio Alves. E as pessoas estão vivendo com dignidade, com água em
casa, com creche. É verdade que as casas não são grandes, mas podem abrigar
essas famílias.
Aí, eu dou
uma volta na entrada da Cidade. O PIEC - Programa Integrado da Entrada da
Cidade – se constitui de 3.000 unidades; são mais de 900 lotes, atingindo 30
mil famílias, mudando a entrada da Cidade.
Meu caro Tessaro - e V. Exa que comandou
o Departamento Municipal de Habitação -, eu ando mais um pouquinho e chego no
Aeroporto Salgado Filho, e vejo 3.000 mil famílias sendo transferidas lá para o
Porto Seco, Cecchim, para perto de onde tu moras. Essas pessoas viviam pior que
os animais domésticos desta Cidade. Isso vai permitir que o Aeroporto Salgado
Filho possa estender a sua pista e que as exportações, que saem de Curitiba,
possam sair através de Porto Alegre. Pois essas mudanças estão em curso.
Eu vejo a conteinerização do lixo, que foi um sonho
antigo desta Cidade, e que, concebido pelo Fogaça, foi executado brilhantemente
pelo Fortunati.
Faltam creches, é verdade! Mas eu desafio: qual foi
o Prefeito que mais creches produziu, nos últimos cem anos desta Cidade, se não
foi o José Fogaça? Fogaça construiu...
(Aparte antirregimental da Verª Sofia Cavedon.)
O SR.
SEBASTIÃO MELO: V. Exª deixou conveniado. Fogaça construiu e abriu
novos convênios, produzindo mais de 4.000 vagas. É pouco? É pouco. Mas é muito
mais do que aquilo que fizeram. Eu poderia olhar para o auditório Araújo
Vianna, uma obra de 15 milhões, que vai fazer com que o espaço cultural volte a
funcionar, com uma acústica renovada, onde os artistas populares possam se
apresentar. Eu olho para frente e vejo o Teatro Elis Regina, que vai ser
inaugurado, totalmente renovado, no espaço da Usina do Gasômetro.
E aí, dizia aos meus Colegas: a parceria é boa. São
quase dez quilômetros que, logo em seguida, nós vamos ter de ciclovias, numa
das vias de maior circulação, que é a Av. Ipiranga.
Então, meu caro Cecchim, nós temos a comemorar, e
eu quero dizer que o projeto não é nosso. Nós fizemos parte dele, mas teve um
líder, que liderou, que construiu, com o seu jeito, com a sua destemidez, que
foi José Fogaça. E agora o Fortunati está tocando, é verdade!
Quando eu vejo uma aprovação de 69%, eu quero dizer
que o nosso Partido, Ver. Braz, o seu Partido, o PPS, o PT, o PTB, o PP, todos
os Partidos que estão na base têm um pedaço disso. Isso não é obra de uma
pessoa só: é uma obra muito coletiva - 69% de aprovação do Governo!
Então, evidente que temos desafios, meu caro Toni.
Imaginem o projeto de duplicação das Avenidas Tronco e Cruzeiro, uma obra que
vai permitir o escoamento do Centro-Sul e da Região Sul de uma forma
fantástica, especialmente quando no sítio do Olímpico vão edificar 19 torres de
73 andares. Imaginem a Rua Voluntários da Pátria, no 4º Distrito,
fantasticamente duplicada até a nossa Av. Sertório. Imaginem a Rua Severo
Dullius, que vai fazer com que os caminhões de carga, que chegam para ir para o
Porto Seco, não tenham que fazer mais o circuito da Av. Sertório, passando em
frente ao Aeroporto, porque vão poder fazer o corte por dentro.
Eu digo tudo isso, Haroldo, porque é evidente que
nós temos aí na frente um processo eleitoral e, quando começam a se aproximar
as coisas eleitorais, parece que nós somos todos iguais. Não! Temos diferenças!
E que bom que temos diferenças! E essas diferenças nos qualificam.
O projeto que está aí não é igual ao dos 16 anos, e
o povo assim entendeu, em duas ocasiões.
O Sr. Idenir
Cecchim: V. Exª permite um aparte?
O SR.
SEBASTIÃO MELO: Concedo um aparte a V. Exª, com muita alegria.
O Sr. Idenir
Cecchim: Ver. Sebastião Melo, cada vez que ouço V. Exª, principalmente num Grande
Expediente, eu aprendo muito e fico imaginando o quanto esta Câmara vai perder
com a sua vontade de não mais concorrer a uma cadeira neste Parlamento. V. Exª
já deu todos os serviços que poderia dar para o Parlamento aqui de Porto
Alegre; tem muito mais a dar, mas com esse seu conhecimento, com esse seu
discernimento, com esse seu senso de fazer justiça ao arquiteto disso tudo, que
foi o José Fogaça, e que está sendo continuado pelo José Fortunati, o
reconhecimento que cada Par que está aqui na Câmara, cada Partido aqui da
Câmara que tem um tijolo nesse projeto, eu posso afirmar, sem medo de errar,
que V. Exª certamente terá lugar de protagonista nesta Cidade, num futuro
próximo. Certamente nós, os seus seguidores, estaremos o acompanhando, em
qualquer caminhada, pelo seu conhecimento e pelo seu espírito público. Queria
cumprimentá-lo por esse grande pronunciamento de quem conhece Porto Alegre, de
quem está preparado para qualquer desafio sobre a nossa Cidade, para ajudar a
população desta Cidade.
O SR.
SEBASTIÃO MELO: Muito obrigado, Cecchim, tu sabes que nós, além de
sermos companheiros, somos amigos de velhas caminhadas. Eu sempre digo que ser
Vereador é uma honraria muito grande. Não sei se ocuparei outros cargos na vida
pública, Toni, mas vou sair desta Casa, no final do ano que vem, com muito
entusiasmo, e não vou fazer parte daqueles que, quando não têm mais mandato,
dizem: “Eu saí da política”. Não, eu entrei na política sem mandato, por
convicção de que este País tem jeito - e tem avançado, a democracia é o caminho
-, e nunca vou deixar de fazer política. Mandato é instrumento de lutas, mas
digo, Cecchim, estou fazendo isso porque acho que esse balanço é necessário. Eu
sou daqueles que acha o seguinte: a vitória tem vários pais; a derrota é sempre
órfã. Então, quando alguém perde uma eleição, parece que passam uma vassoura do
esquecimento. Não, o primeiro Prefeito reeleito desta Cidade foi José Fogaça. O
PT reelegeu quatro vezes os seus projetos, mas não reelegeu a pessoa. Então o
Fogaça tem o seu valor, perdeu uma eleição, nós tivemos equívocos - o que daria
para escrever um livro -, mas, às vezes, é na derrota que aprendemos. O nosso
Partido tem uma história de lutas.
Eu acho que o Brasil vive uma crise partidária sem
tamanho, mas não sou daqueles, Toni, que acham que estamos vivendo um
rompimento. Acho que há um expurgo, e a política só vai melhorar quando houver
melhora na sociedade. Nós somos parte da sociedade. Nenhum Vereador chega a
esta Casa a não ser através do voto popular. Então, quando eu vejo
especialmente a mídia fazer grandes críticas aos Colegas, ao Parlamento, ela
está fazendo uma crítica a si própria, porque nenhum Vereador chegou aqui sem
votos. O Parlamento é a média do povo. Eu acho que aqui está o melhor da média
do povo, porque conheço cada um dos meus Colegas, sei da dedicação e da vocação
à causa pública. Por isso, encerro, mais uma vez ratificando o convite a todos
que queiram dividir conosco este ato singelo, mas de reafirmação com a Cidade e
preparação para o futuro, porque, se desafios foram enfrentados, eu acho que há
outros que temos que enfrentar. Como exemplo, a mobilidade urbana em Porto
Alegre. O Cappellari está
fazendo o dever de casa, mas está faltando a sinaleira inteligente e o
rebaixamento de várias ruas. Por exemplo, na Av. Independência, se fizermos
algumas trincheiras ali, vai melhorar muito o trânsito. Os viadutos e as
trincheiras da 3ª Perimetral têm que ser feitos para ontem: uma obra de 250
milhões, necessária, feita no Governo do PT, mas que faltou ser melhor
planejada, porque poderia haver estacionamento subterrâneo em vários lugares.
Isso resolveria o problema de muitas vagas de estacionamento. Muitos viadutos
não foram feitos. Hoje, você chega à Rua Cel. Aparício Borges, perto da Corag, às 7 da
manhã e só consegue atravessar para
a Rua Dr. Salvador França 45 minutos depois. E me diziam que 15 minutos era
muito, e terminou. Agradeço a V. Exª, um abraço muito fraterno, e a luta
continua.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra em Grande
Expediente.
O SR. IDENIR
CECCHIM: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; falar depois do Presidente do PMDB
metropolitano, Ver. Sebastião Melo, é um pouquinho difícil, porque ele consegue
manter a atenção sobre o que ele está dizendo pelo conhecimento que tem - eu já
disse isso no microfone de apartes, mas volto afirmar. Um Grande Expediente
parece muito tempo, Ver. Sebastião Melo, mas V. Exª provou que não é, quando se
tem o que dizer, quando se tem dados concretos, quando se tem obras para
mostrar, quando se tem conteúdo, Ver. Haroldo de Souza, quando se faz uma administração
com diálogo, diálogo com a Cidade. Foi isso que o Prefeito Fogaça fez quando
Prefeito, e o projeto continua com o Prefeito José Fortunati. Um projeto que
faz a interface com o cidadão, com as pessoas que precisam da Prefeitura.
Aqueles que não precisam, Ver. Haroldo de Souza, simplesmente não precisam;
agora, nós, o Executivo e o Legislativo, temos que olhar para aqueles que
precisam. E foi isso que se fez, nos últimos anos, para Porto Alegre. As obras
que foram bem projetadas, nós assumimos; aquelas mal projetadas, como a 3ª
Perimetral, também - nós não fizemos grande parte dela, mas começamos a pagá-la
toda. A primeira prestação já foi paga no Governo Fogaça, e, agora, nós vimos
que falta fazer a metade desta grande Perimetral, ou mais, senão ela não é
Perimetral, é apenas mais uma avenida. Mas nós vamos fazer, nós ainda temos
mais alguns anos neste projeto para executar, e vamos executá-lo. Agora, o que
me deixa muito preocupado, cada dia que eu tento vir à tribuna e falar só
dessas coisas positivas que V. Exª falou, da convenção do PMDB, no próximo
domingo, é que eu também preciso fazer algumas constatações, porque nós estamos
sempre na rua, desde cedo, Ver. Sebastião Melo, trabalhando, caminhando, como
diz o Ver, Brasinha - nós levantamos cedo e vamos para o trabalho, quase todos
os Vereadores aqui fazem isso. E quando eu falei para o pessoal, hoje de manhã:
“Olha, o Partido dos Trabalhadores votou contra a Secretaria dos trabalhadores,
eles não querem saber disso”, ninguém acreditou, Ver. Sebastião Melo! Por isso
eu tenho que dizer aqui na tribuna: o Partido dos Trabalhadores votou contra os
trabalhadores. Não querem qualificar ninguém, eles não querem. Deixa como está,
é mais fácil!
Agora me deixou muito chateado a notícia que nós
lemos ontem: o ex-Presidente Lula, como não consegue mais fazer manchete pelo
lado positivo, porque a Presidenta Dilma está se comportando como uma
Presidenta da República, tem um bom Vice lá - eu não votei neles, mas eu tenho
que admitir que ela foi bem na ONU -, comportou-se dignamente, como uma
Presidente, sem fazer firula, ela foi a Presidente do Brasil. O ex-Presidente
Lula, enquanto isso, Ver. Sebastião Melo, fica aconselhando os corruptos a não
tremerem quando são acusados! Mas não é possível! Era só o que faltava: o
Presidente Lula aconselhar os corruptos a não se assustarem! Ele está
aconselhando o pessoal a não temer: “Olha, se te acusarem de ladrão, não te
assustes, isso é normal”. Assim como se dissesse: “Nós já passamos pelo
mensalão, os meus filhos já enriqueceram também, e não deu em nada, pode
enriquecer. Os filhos do Franklin Martins estão ricos” – o Franklin Martins era
o Ministro das Comunicações, os filhos ficaram ricos –, “não se assustem, o
nosso pessoal pode dar conselhos. Eu te dou um conselho agora, mas, assessoria
mesmo, você fala com o Palocci, fala com os meus filhos, o Lulinha, o outro,
que eles vão te dizer; fala lá com o filho do Franklin Martins, tu montas uma
empresa de publicidade bem grande, e vendes o teu trabalho para as estatais!” É
isso que o ex-Presidente Lula está fazendo. Eu fico estarrecido, não acredito
nisso. Eu tento acreditar que as coisas começam a melhorar, e estão melhorando,
mas não é que o Lula quer fazer voltar esse pessoal todo de novo! Não é
possível!
(Aparte antirregimental do Ver. Alceu Brasinha.)
O SR. IDENIR
CECCHIM: Não. Com o José Dirceu é de copa e cozinha. E o Ver. Brasinha fica
fazendo umas boas provocações, mas, infelizmente, a coisa é muito séria.
Agora, as notícias de hoje também, Ver. Sebastião
Melo - V. Exª que falou em tantas obras que o nosso Governo fez -, escute só o
que disse o Deputado Pimenta, que é um homem corajoso: que estava preocupado ou
com medo que as coisas não saíssem mais. Eu cheguei à conclusão de que o PAC 2
- a exemplo do PAC 1, do qual só uns 20% ou 30% foram realizados - já acabou
antes de começar. .
O prestígio do Governador Tarso Genro junto a Dilma
é zero, acabou o prestígio do Tarso Genro lá no Governo Federal, porque o metrô
de Belo Horizonte ganhou dois bilhões de reais para ampliação; nós precisávamos
um bilhão e 700 mil reais para fazer o nosso, mas não! Aí, sim, eu tenho que
elogiar o Governador Tarso Genro, que junto ao Prefeito Fortunati, passou o
chapéu nos cofres do Município e do Estado para garantir a obra, para garantir
a diferença, porque o Governo Federal não quis dar todo o dinheiro; deram lá
para Belo Horizonte, para o Governador do PSDB, Ver. Mauro Pinheiro. Vossa
Excelência faz uma força danada, aqui, para defender o PT, e o Governo Federal
leva um monte de dinheiro para o Governador de Minas Gerais, o Governador
Anastasia. Este Governo Estadual tem que se mexer, porque, se não, o que ele
disse na campanha, que seria bom, Ver. Sebastião Melo, se houvesse um
Governador alinhado com a Presidente, tudo seria facilitado, isso facilitaria
para fazer as obras. E a única notícia que nós temos até agora, quase um ano de
Governo, é que as obras estão paradas. Escutem só, para a Avenida do Parque,
essa via que desafogaria a BR-116, os empreiteiros afirmaram que o dinheiro vai
terminar no mês que vem! A estrada não foi nem riscada ainda, Ver. Brasinha,
nem riscaram a estrada ainda! Fizeram umas pontes, aquelas obras que puderam
contratar antes da eleição - não sei por que contrataram -, já pagaram,
rapidinho. E a estrada nada, vai parar. Falta de prestígio do Governador. Eu
logo lhe darei um aparte, Ver. Brasinha. Tem mais uma coisa, a BR-116, de
Guaíba a Pelotas, Rio Grande, ele disse que essa não vai sair tão cedo. Mas não
é possível! Anunciaram na campanha, tanto na da Presidente Dilma
quanto na do Governador que isso eram “favas contadas”! Nada! Nada!
Ah, piso salarial do
CPERS, Ver. Sebastião, isso é palavrão feio para o PT! Eles assinaram o
documento, assim como assinaram para os técnicos-científicos. Aquela Secretária
do Detran, Stela Farias, que foi Prefeita de Alvorada, e emprestou dinheiro
para o Banco de Santos - até hoje o Município de Alvorada perdeu! Essa mesma,
prometeu e não cumpriu! Tem outra estrada chamada Polão, que vai da freeway até Sapiranga, essa nem o
projeto vai sair mais.
Concedo o aparte ao
Ver. Brasinha, com o maior prazer, até para dar uma respirada de tanta notícia
ruim que o Governo do Estado, comandado pelo Governador Tarso Genro, traz para
o Rio Grande do Sul pela falta de eficiência e pela falta de prestígio no
Governo Federal.
O Sr. Alceu Brasinha: Ver. Idenir Cecchim,
realmente, quando falaste na Secretária Stela Farias, que era Prefeita de
Alvorada, para fazer uma simples ponte de 40 metros demorou cinco anos! Ponte
na divisa de Porto Alegre com Alvorada. O que mais esperar dela? Se como
Prefeita ela levou cinco anos para fazer uma pontezinha daquela! Então não há
condições! Quero dizer que eles são bons em prometer! Dizem que vão fazer na
hora da campanha; depois, meu amigo, corre atrás, porque não vão pegá-los nunca
mais. É verdade! Eles são bons nisso! Eles estiveram por 16 anos nesta Cidade
e, para inaugurar um cordão de calçada, tinha festa! Imagina! Mas para fazer,
concluir, não conseguem!
O SR. IDENIR CECCHIM: Só na próxima
eleição, uma boa agência publicitária para resolver tudo isso!
Agora quero falar de
uma coisa boa que está acontecendo, mas é em Porto Alegre, não se assustem.
Aqui não tem dinheiro federal, ainda bem, senão não saía! A ciclovia que os
Vereadores, o Brasinha, o próprio Sebastião Melo, falaram: a ciclovia da Av.
Ipiranga. Eu vejo aqui que o Ver. Mauro Pinheiro, que se debruça sobre a
ciclovia da Restinga, achou alguns defeitos lá, eu acho que ele está fazendo o
papel do Vereador! Parada de ônibus no meio da ciclovia. Uma pena que a obra
ainda não terminou! O Secretário Cappellari já deu a resposta. Mas quero dizer
que o Ver. Mauro Pinheiro faz o papel do Vereador, está fiscalizando. Como ele
é meu vizinho, lá da Zona Norte, eu posso testemunhar que ele é um Vereador que
trabalha muito. Muitas vezes ele até tem que assumir algumas culpas que ele não
tem, que são do seu próprio Partido.
Essa ciclovia da Av. Ipiranga, Ver. Haroldo de
Souza, ainda bem que não é do Governo Federal, porque senão não sairia. Ela é
da iniciativa privada, do grupo Zaffari, que não tem nada a ver com a briga do
Carrefour e do Walmart, lá do Exterior; eles brigam lá na França, brigam nos
Estados Unidos, brigam na Ásia e vêm brigar aqui em Porto Alegre. Que eles
continuem brigando lá! Aqui, nós queremos gente que não brigue, queremos gente
que faça, que ajude a Cidade a se desenvolver.
Vossa Excelência, Ver. Brasinha, falou da Av.
Grécia, que fica lá na Zona Norte, e realmente ela está ficando muito bonita.
Eu acho que as nossas praças merecem a nossa atenção, e para quase todas essas
melhorias estamos fazendo parcerias, são as medidas mitigatórias que a
Prefeitura cobra para liberar grandes empreendimentos. Que bom que tem grupos
como esses que fazem grandes empreendimentos e, em contrapartida, dão grandes
obras que servem para a cidade de Porto Alegre! Que se revitalizem essas
praças! Passaram 16, 20 anos, só exigindo que os loteadores deixassem uma área
para praça, mas não faziam nada na praça! Não roçavam as praças! Não tem
brinquedo, não tem nada nas praças! Tem que ser um pouquinho mais criativo!
Eles só faziam cancha de bocha lá no meio, para que todos enxergassem, e um
campinho de futebol de salão! Agora, eles têm que se fazer alguma coisa a mais,
como alguns pequenos anfiteatros, como essas pistas de skate que a gurizada adora, não apenas nas áreas centrais. Têm que
fazê-las na Santa Rosa, no Sarandi - as crianças de lá não têm dinheiro para
vir até a Av. Cristóvão Colombo para brincar na pista de skate, Ver. Haroldo de Souza. Nós temos que nos preocupar em fazer
esses equipamentos também lá nas vilas, nos bairros mais afastados.
No dia 7 de setembro, eu também passei na Praça
Libanesa, Ver. Sebastião Melo, pertinho do Lindóia Tênis Clube. O Lindóia
adotava essa praça, que fica lá na Av. Panamericana. Infelizmente, agora, com
as obras, ela está acabada. Falei com o Secretário Záchia, e ele me garantiu
que as obras vão começar, e a praça vai voltar a ficar bonita novamente. A
Praça Libanesa é muito tradicional lá no Lindóia, e eu tenho certeza, Ver. Bernardino
Vendruscolo, de que poderemos fazer voltar o festival do chope na praça, junto
com o Lindóia Tênis Clube, e essa arrecadação ajuda muito as entidades
assistenciais que temos na Zona Norte.
Vereador Sebastião Melo, os 15 minutos, para V.
Exª, foram curtos, V. Exª teve muito assunto que falar do nosso Partido, da
nossa Administração. Como eu me ocupei dessas coisas do Governo Federal, que
não saem, sobrou tempo! Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Solicito ao Ver. DJ Cassiá que assuma a
presidência para que eu possa me manifestar.
(O Ver. DJ Cassiá reassume a presidência dos
trabalhos.)
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): A Verª Sofia Cavedon está com a palavra em Tempo de
Presidente.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Obrigada, Ver. DJ, Presidente; Srs. Vereadores e Sras
Vereadoras, adoraria entrar no debate proposto aqui tanto pelo Ver. Sebatistão
Melo quanto pelo Ver. Idenir Cecchim, mas deixarei para o ano que vem, quando
puder fazer o contraponto.
Agora, com muita honra, falo em nome da Casa como
um todo, pontuando algumas questões que acho importantes neste início de
primavera.
Primeiro, o Ver. Toni já tratou do assunto, o Ver.
Paulinho Rubem Berta, que hoje nós fizemos – o Ver. Mauro Pinheiro se
encontrava lá – o 37.º Câmara na Comunidade, para minha alegria, com sete
Vereadores presentes, e era importante que assim fosse, porque fomos visitar a
comunidade Passo das Pedras, que sofre uma reintegração de posse. E nos
impressionamos por ser uma comunidade com 140 famílias, que não é uma ocupação
recente, possui casas estruturadas, com muito investimento dessas famílias.
Retomávamos lá todos os compromissos que esta Casa, em Audiência Pública
naquela comunidade, estabeleceu junto ao Governo Municipal, que estava
representado, inclusive, pela Secretaria de Gestão. Compromissos como o
levantamento topográfico que o DEMHAB faria naquela área, compromisso ainda não
cumprido; compromissos como o da FASC, com o levantamento socioeconômico de
todas aquelas famílias, cumprido apenas parcialmente. Então, há um pânico muito
grande entre as famílias e esta Câmara, porque vocês imaginem 30 anos, 40 anos
morando numa comunidade, investindo, estruturando e, de repente, herdeiros vão
à Justiça pedindo que as pessoas paguem ou saiam do local.
Então, é, de fato, um problema muito sério que a
Cidade tem, e hoje nos comprometemos a retomar, como sugestão do Ver. Paulinho
Rubem Berta, uma audiência com o Prefeito Municipal, com sugestão do grupo de
que encaminhemos como Área Especial de Interesse Social para aquela área,
tensionando até mesmo a Justiça para que trate de outra forma o Passo das
Pedras.
Amanhã estaremos na Chácara do Primeiro com o
Câmara na Comunidade, das sextas-feiras. Temos feito alguns encontros
extraordinários nas quintas-feiras, porque as comunidades estão agendando e o
Governo está respondendo; tenho que fazer aqui esta observação. Hoje tínhamos o
DEMHAB, o DMLU, o DMAE, a SMOV, com o engenheiro Carlos, e o CAR nos
acompanhando. Então, os laços já estão estreitados, estão combinadas as
atuações e os desdobramentos posteriores às visitas. Acho que o Câmara na
Comunidade veio para ficar.
Ao meio-dia, quando estivemos no Banco da FIERGS,
alguns Vereadores fizeram o enfrentamento da pobreza e da miséria, e os
diretores da FIERGS colocaram como é importante a presença da Câmara nas
comunidades, junto aos problemas, como isso faz a diferença, e nós já pudemos
fazer pontes importantes com os Bancos Sociais da FIERGS para as demandas que
captamos em cada uma das visitas e no trabalho dos Vereadores.
O Banco da FIERGS, por exemplo, disponibiliza
vários cursos, e o acesso é fácil, é só ligar para lá ou entrar no Banco, Ver.
Mauro, que trabalha muito com a juventude. Ali há vários cursos, como o de
aprender a montar e desmontar um computador, curso de marcenaria, e nós vimos
os jovens estudando; nós vimos as mulheres no curso de costura; a juventude
trabalhando na marcenaria; na área da construção, há curso de encanamento e de
elétrica.
Então, essa é uma ação da FIERGS que nós podemos
acessar encaminhando as famílias, encaminhando a juventude - a gente sabe, as
demandas chegam até nós -, assim como o Banco de Alimentos, assim como os
projetos sociais.
Saímos de lá com o compromisso de agendar uma
reunião da FIERGS com o Fórum da Criança e do Adolescente, porque os
empresários querem depositar no Funcriança, mas querem saber dos projetos
sociais e querem ter a confiança de que esse recurso vai chegar lá na ponta, na
comunidade.
Então, são elos que a Câmara de Vereadores faz ao
estar diretamente onde as crianças são atendidas, onde a comunidade trabalha,
onde as entidades sociais se organizam. Pretendemos fazer uma ação mais forte
nessas quatro vilas da Humaitá, coletivamente - o Ver. Dr. Raul; o Ver. Toni
Proença; o Ver. Pedro Ruas, que também é da Frente, mas não estava lá na
reunião; e a Verª Maria Celeste -, e saímos com uma esperança muito importante
de ter mais essa força nesse trabalho da Frente de Combate à Miséria e à Fome.
Nós também saímos muito interessados em divulgar
mais esse trabalho que a FIERGS faz, e já conectados com o trabalho que nós
vamos fazer aqui amanhã, às 14h30min. Lembro os Vereadores que quiserem
continuar se envolvendo, que o GT dos resíduos da construção civil reúne-se
aqui no Salão Nobre e já vai ter a participação da FIERGS, que quer, tem
propostas para a triagem dos resíduos da construção civil na cidade de Porto
Alegre. Sobre o Banco de Materiais, o Presidente dizia: “E agora, quando
desmontarem a Arena do Grêmio, para onde vai aquele monte de cimento, de material
de construção? Nós queremos fazer uma britadeira em Porto Alegre, queremos
reaproveitar, precisamos de espaço e queremos incentivo”. Então, já
encaminhamos para a reunião do Grupo de Trabalho de resíduos sólidos que a
Câmara tem.
Eu acho que todas essas pontes testemunham uma
Câmara cada vez mais perto da comunidade, como o Ver. Sebastião Melo dizia aqui
- e eu concordo com o Ver. Idenir Cecchim, quando diz que o Ver. Sebastião Melo
vai fazer falta nesta Casa -, mas a Câmara tem feito muitos elos, tem feito
muitas pontes que, se não resultam em ações concretas e resolutivas, é porque
os problemas são muitos e também dependemos muito do Executivo.
Encerro, Ver. DJ, dizendo que, a partir de
segunda-feira, estaremos retomando a nossa presença na Ouvidoria do Mercado
Público. A Fátima já está encaminhando a todos os Vereadores, para se
agendarem, e estamos com o nosso material de prestação de contas, para que essa
frente seja mantida de forma vitalizada, presente, útil ao cidadão. Combinei já
com o nosso Ouvidor, o Ver. Reginaldo Pujol, que retomaremos a ida nas praças.
Esperamos passar o inverno, porque não dava para estar com atividades de rua,
porque a chuva e o frio estavam impossibilitando os trabalhos da Ouvidoria, e
colocar funcionários sentados - não que a gente não tenha feito trabalho
durante todo esse tempo. Então, a partir de segunda-feira, o agendamento no
Mercado Público e o nosso material.
Anuncio a todos, novamente, que já estamos
agendados, na Feira do Livro, para o lançamento do livro “Uma Década de Leis e
Ações”, no dia 8 de novembro, às 14 horas. Será a nossa sessão de autógrafos.
Nós queremos que os quase cinquenta Vereadores que escreveram no nosso livro
estejam todos lá, convidando amigos, familiares, para que a gente possa
oferecer à Cidade mais esse instrumento de controle, de fiscalização da nossa
ação de Parlamento. A Feira do Livro, que inicia no final de outubro, terá,
pela primeira vez, a Câmara de Vereadores em um espaço físico. Portanto,
Vereadores e Vereadoras, este espaço é para ser ocupado pelos Vereadores, na
potencialização de ações para a leitura, de leitura, de produção de livros, de
literatura, de divulgação da nossa literatura própria, gaúcha, porto-alegrense.
Então, é um espaço que está à disposição de todos os gabinetes. Falo para as
assessorias que já pensem num escritor, numa escritora, que já ajudem o seu
Vereador a propor atividades, que nós faremos muito bonito na Feira do Livro de
Porto Alegre. Obrigada pela atenção de todos.
(Não revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE
(DJ Cassiá): Devolvo a presidência dos trabalhos à Verª Sofia Cavedon.
(A Verª Sofia Cavedon reassume a presidência dos
trabalhos.)
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Apregoo autorização para o Ver. Idenir Cecchim
representar a Câmara no período compreendido entre 27 de setembro e 5 de
outubro do corrente ano. Na ocasião, serão realizadas atividades a seguir
descritas: de 27 a 29 de setembro, visita a Cuba para conhecimento e análise do
sistema de saúde cubano; de 1º a 5 de outubro, participação no United Nations
Climate Chance Conference, que ocorrerá no Panamá, Centro de Convenções ATLAPA.
Informa ainda que todas as despesas de diárias e viagens serão pagas às
expensas do Vereador, não havendo assim qualquer despesa ao erário e nenhum
ônus para a Câmara Municipal de Porto Alegre.
Apregoo também a autorização para o Ver. Nelcir
Tessaro representar a Casa no período compreendido entre 27 de setembro e 5 de
outubro do corrente ano. Na ocasião serão realizadas atividades a seguir
descritas: de 27 a 29 de setembro, visita a Cuba para conhecimento e análise do
sistema de saúde cubano; de 1º a 5 de outubro, participação no United Nations
Climate Change Conference, que ocorrerá no Panamá, Centro de Convenções ATLAPA.
Informa ainda que todas as despesas de diárias e viagens serão pagas às
expensas do Vereador, não havendo, assim, qualquer despesa ao erário e nenhum
ônus para a Câmara Municipal de Porto Alegre.
Certamente isso contribuirá para o seu trabalho e
para a nossa Cidade.
Passamos à
PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR
(05
oradores/05 minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC.
Nº 2991/11 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 027/11, de autoria do Ver. Mario Manfro, que concede a Comenda Porto do Sol à
Paróquia Nossa Senhora do Trabalho.
PROC.
Nº 3062/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 143/11, de autoria do
Ver. Mauro Zacher, que
denomina Rótula Carlos Tejera de Ré o logradouro público cadastrado conhecido
como Rótula 3230, localizado no Bairro Sarandi.
PROC.
Nº 3067/11 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 028/11, de autoria do Ver. Bernardino
Vendruscolo, que concede o
Troféu Câmara Municipal de Porto Alegre ao Colégio Militar de Porto Alegre
(CMPA) – Colégio Casarão da Várzea.
PROC.
Nº 3189/11 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 033/11, que autoriza a permuta de próprio
municipal por imóvel de propriedade do Jockey Club do Rio Grande do Sul.
2ª SESSÃO
PROC.
Nº 2214/11 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 021/11, de autoria da Verª Fernanda
Melchionna e outros, que
inclui Capítulo I-A no Título V da Resolução nº 1.178, de 16 de julho de 1992 –
Regimento da Câmara Municipal de Porto Alegre –, e alterações posteriores,
incluindo a sugestão legislativa como forma de participação popular e dando
outras providências.
PROC.
Nº 2358/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 094/11, de autoria do
Ver. Haroldo de Souza, que estabelece a obrigatoriedade da disponibilização do
exame ecocardiograma fetal à gestante, mediante recomendação médica, durante o
período pré-natal, na rede pública municipalizada do Sistema Único de Saúde
(SUS).
PROC.
Nº 2618/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 115/11, de autoria do
Ver. Mauro Pinheiro, que
estabelece horário mínimo para o início dos jogos de futebol que especifica e
dá outras providências.
PROC.
Nº 2852/11 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 025/11, de autoria do Ver. Luiz Braz, que concede o Troféu Câmara Municipal de
Porto Alegre ao senhor Gaspar Fiorini.
PROC.
Nº 3044/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 136/11, de autoria do
Ver. João Carlos Nedel, que
denomina Rua Manoel Nunes da Silva o logradouro público cadastrado conhecido
como Rua 6443 – Loteamento Caminho do Sol –, localizado no Bairro Guarujá.
PROC.
Nº 3045/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 137/11, de autoria do
Ver. João Carlos Nedel, que
denomina Rua Sargento Bruno Feldmann o logradouro público cadastrado conhecido
como Rua 6445 – Loteamento Caminho do Sol –, localizado no Bairro Guarujá.
PROC.
Nº 3130/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 147/11, de autoria da
Verª Sofia Cavedon, que
inclui a efeméride Semana Padre Landell de Moura no Anexo à Lei nº 10.904, de 31 de maio de 2010 – que institui o
Calendário de Datas Comemorativas e de Conscientização do Município de Porto
Alegre e organiza e revoga legislação sobre o tema –, e alterações posteriores,
de 24 a 30 de setembro.
PROC.
Nº 3137/11 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO Nº 003/11, que institui,
no Município de Porto Alegre, o Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV), nos
termos dos arts. 36, 37 e 38 da Lei Federal nº 10.257, de 10 de julho de 2001 –
Estatuto da Cidade, e dá outras providências.
PROC.
Nº 1233/11 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 005/11, de autoria do
Ver. Adeli Sell, que altera os arts. 7º, 8º, caput, 9º, 10, parágrafo
único, 11, caput, 12, I, II, a, b e c, III, VII e VIII,
13, 14, parágrafo único, 16, 19, I, II e III do caput, 24, 25, §§ 1º e
2º, 26, 27, 28, 29, caput, 31, caput, 32, caput, 33, caput,
34, 38, I, II e III do caput e § 1º, 39, caput e §§ 1º, 2º e 3º,
41, 42, I e II, 43, I a X do caput, 44, 46, 50, 51, § 2º, 58, caput,
60 e 61, caput, e a denominação do Capítulo VI, inclui parágrafo único
no art. 11, arts. 16-A e 16-B, § 4º no art. 39 e arts. 45-A e 56-A, e revoga os
arts. 40 e 53, todos da Lei Complementar nº 234, de 10 de outubro de 1990 –
Código Municipal de Limpeza Urbana –, e alterações posteriores, dispondo sobre
a coleta do lixo ordinário domiciliar, atualizando prazos e penalidades e dando
outras providências.
PROC.
Nº 2032/11 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 015/11, de autoria do
Ver. Airto Ferronato, que
inclui inc. XV no art. 4º e Capítulo I-A no Título II da Lei Complementar nº
604, de 29 de dezembro de 2008, incluindo no rol de finalidades básicas da
Agência de Inovação e Desenvolvimento Científico e Tecnológico de Porto Alegre
(Inovapoa) a criação de Áreas de Interesse Tecnológico (AITs) e dando outras
providências.
A SRA.
PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Mauro Pinheiro está com a palavra para
discutir a Pauta.
O SR. MAURO
PINHEIRO: Verª Sofia Cavedon, nossa Presidente;
Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, público que nos assiste pelo canal
16, neste período de Pauta de hoje, Verª Sofia Cavedon, nossa Presidente, há
vários projetos, e inscrevi-me para falar de um projeto de minha autoria. Está
correndo Pauta hoje, Ver. Dr. Raul Torelly, e talvez ele cause alguma polêmica,
mas, na minha opinião, é de grande interesse.
A cidade de Porto Alegre é uma metrópole que tem
vários eventos, e o futebol, como é uma paixão nacional, também é um grande
evento que acontece regulamente na cidade de Porto Alegre, Ver. DJ Cassiá. Nós
temos dois grandes clubes, o Sport Club Internacional e o Grêmio Foot-Ball
Porto Alegrense, que, com certeza, movimentam as suas torcidas cada vez que há
um espetáculo, um jogo, o que, para nós, é um grande espetáculo, Ver. Tessaro,
que é colorado. Então, os clubes movimentam grandes multidões cada vez que há
esses espetáculos na nossa cidade de Porto Alegre. Não só as pessoas que moram
em Porto Alegre, mas as de todo o Estado que se dirigem à cidade de Porto
Alegre, que usam as vias públicas para chegar aos estádios de futebol, vindas
da Região Metropolitana e do interior do Estado em dias de jogos de futebol,
naquele horário, havendo uma grande concentração, somando 50, 60 mil pessoas
que se deslocam naquele horário; quase todos, em questão de uma hora,
deslocam-se para o estádio para ver uma partida de futebol. E como nós sabemos,
a cidade de Porto Alegre, hoje, já possui um grande problema no seu trânsito.
Em horários de pico, principalmente naquele horário entre 17h30min, 18h30min
até as 19h30min, ou seja, no período de uma hora, nós temos um grande movimento
de pessoas que saem do seu trabalho em direção às suas casas, e o nosso
trânsito de Porto Alegre, muitas vezes, já está congestionado no horário,
principalmente, das 18h30min às 19h30min. Portanto, como o jogo de futebol
movimenta muitas pessoas e como, cada vez mais, a televisão, hoje, patrocina
muitos eventos de futebol, acaba criando vários horários para os jogos de
futebol. Então, se ligarmos a televisão, principalmente a televisão a cabo, nós
vamos ver que há jogos que começam às 19h, 20h, 21h, 22h, 23h, ou seja, nos
mais diversos horários. Quer dizer, os jogos são marcados nos mais diversos
horários para poderem passar na televisão. Só que nós temos acompanhado, e eu
até mesmo acompanhei uma fala do Diretor-Presidente, o Cappellari, que, numa
revista, de julho de 2011, disse que tem trabalhado muito forte junto à
Federação Gaúcha de Futebol e até com a Conmebol, para que, quando houver jogos
da Libertadores, não haja jogos às 19h30, porque, nesse horário, o trânsito já
tem sua capacidade comprometida devido ao horário de pico, e, se forem
acrescentadas mais 60 mil pessoas, que vão para um evento localizado, isso
engarrafaria algumas vias e prejudicaria, em efeito cascata, as demais. Essa é
uma fala do Diretor-Presidente da EPTC da cidade de Porto Alegre. Tendo em
vista essa fala e mais as observações que a gente tem feito, apresentei um
Projeto nesta Casa, que já começou a tramitar, está na Pauta hoje, justamente
proibindo jogos de futebol entre as 18h30min e as 19h30min, mas que eles
iniciem, tanto no Sport Club Internacional como no Grêmio Foot-Ball Porto
Alegrense, a partir das 20h30min, Ver. Cecchim, para que as pessoas possam sair
do seu trabalho e chegar em casa, e os torcedores possam se dirigir aos estádios
sem congestionamentos na cidade de Porto Alegre. Então, nós estamos
apresentando esse Projeto, espero que todos os Vereadores o acompanhem e façam
o debate, para que possamos achar uma solução que não tenha custo para o
Município de Porto Alegre e, com isso, possamos melhorar o nosso trânsito. Que
as partidas de futebol, que movimentam 60 mil pessoas, iniciem após o horário
de pico, às 20h30min, para evitar que aquelas pessoas que estão voltando para
suas casas não tenham problemas, e aquelas que querem ir ao estádio possam
dirigir tranquilamente, calmamente, Ver. Dr. Raul, até o estádio e assistir à
sua partida de futebol, terminando lá pelas 22h30min, 23h, podendo retornar a
sua casa sem congestionamentos na Cidade e, no outro dia, estarem felizes da vida
com a vitória do Sport Club Internacional e do Grêmio, e terem um bom dia de
trabalho. Esse é um Projeto que colocamos para ajudar o trânsito de Porto
Alegre, sem nenhum custo ao Erário Municipal. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
(O Ver. DJ Cassiá reassume a presidência dos
trabalhos.)
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. Dr. Raul Torelly está com a palavra para
discutir a Pauta.
O SR. DR. RAUL
TORELLY: Sr. Presidente, Ver. DJ Cassiá; quero saudar a todos, neste momento de
Pauta, é útil que nos refiramos a projetos importantes que estão sendo levados
avante nesta Casa.
Há um Projeto que tem muito a ver com a área da
Saúde, de autoria do Ver. Haroldo de Souza, uma pessoa muito focada na
preocupação com o social, com a dificuldade das pessoas. É um Projeto que faz
com que o Sistema Único de Saúde tenha que disponibilizar às gestantes o exame
ecocardiograma fetal, ou seja, é uma ecografia do coração das criancinhas
intrauterina. Isso é muito importante para a detecção de anomalias congênitas
no coração dessas crianças.
Há vários anos, eu tive essa experiência, quando
foram feitas essas iniciativas, inclusive junto às Unidades Básicas de Saúde do
Município, onde foram disponibilizadas, por vezes, essas ecocardiografias
fetais através do Instituto de Cardiologia, do Dr. Paulo Zielinski, que tem um
trabalho muito grande nessa área.
Esse trabalho é muito importante, e esse exame tem
que ser facilitado para que os nenês nasçam com saúde, ou, se há dificuldades,
possamos fazer as intervenções necessárias o mais breve possível. Isso é o que
esse Projeto está disponibilizando, e tenho certeza de que ele que vai ser
aprovado unanimemente pela Casa.
Estive aqui, na semana passada, quando estávamos
tratando do PIM, o Primeira Infância Melhor, no Município de Porto Alegre. O
que faz o PIM? Ele trabalha com crianças de zero a seis anos e com as
gestantes, fazendo com que essas crianças tenham uma atenção especial e suas
mães também, levando as mães a darem mais carinho, afeto aos filhos e a que
saibam como manejar as crianças, porque algumas têm dificuldades por não terem
instrução, enfim. Esse Projeto é voltado à vulnerabilidade social. Hoje Porto
Alegre tem 17 comunidades, onde os visitadores do Primeira Infância Melhor, do
PIM-PIA, estão desenvolvendo um excelente trabalho. Nós tivemos, aqui na Casa,
semana passada, um seminário justamente sobre essa matéria. Aqui estiveram os
coordenadores do programa no Estado e em Porto Alegre, e também os executores
desse Programa tão importante para as nossas crianças e para as gestantes. São
basicamente estagiários nas áreas de Educação Física, Assistência Social,
Psicologia, Pedagogia, enfim, eles fazem disso a sua militância diária junto às
comunidades carentes, fazendo reuniões, também em centros comunitários, com as
mães, com as crianças e, individualmente, com cada família. Esse
acompanhamento, tão necessário, faz com que a criança, nessa fase da sua vida
em que mais necessita, entre zero e seis anos, quando está em formação, quando
tudo o que dissermos a ela vai se refletir na sua formação mais tarde. Nesse
sentido está comprovado que o PIM-PIA é um excelente programa, e esses exames,
como o Ver. Haroldo de Souza diz, devem ser disponibilizados na rede pública de
Saúde.
Vejo, na Pauta, que temos vários logradouros sendo
denominados. Quero dizer, para que a população saiba, que há uma Lei minha, já
sancionada, pela qual denominei um logradouro em homenagem à grande
sindicalista do Sintergs, Nadja de Paula, que infelizmente nos deixou há uns
quatro anos, naquele acidente de avião da TAM. A Nadja fez um excelente
trabalho por muitos anos pelo Sindicato, enfermeira, sindicalista. Eu quero
estender essa homenagem a todos os técnicos científicos do Estado e aos seus
familiares. Muito obrigado e saúde para todos.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (DJ Cassiá): Nada mais havendo a tratar, estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se a Sessão
às 17h04min.)
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